
Há 20 anos, em um distante 1992, a GM lançava o Chevrolet Omega para substituir o cansado e Opala depois de mais de duas décadas de serviços. O Omega foi produzido durante apenas seis anos, de 1992 a 1998, mas foi tempo suficiente para que ele se tornasse um ícone da nova era do mercado brasileiro, a ponto de ser considerado por muitos o melhor carro já produzido no país. Este foi o exemplar que deu início a esta curta, mas bem sucedida história de quatro rodas.
A primeira unidade produzida do Omega, o chassi 001, serviu para os testes finais do modelo, mas acabou não sendo descartada ou desmontada, e foi usada para transportar executivos entre os edifícios do parque fabril. Algum tempo depois ele foi adaptado para o desenvolvimento do motor a álcool de 130 cv, que conforme lembra a turma do Omega Clube, foi primeiro motor do mundo a usar injeção multiponto de etanol.

Por ser uma versão de testes da fábrica, ele obviamente não tem documentação ou nota que indiquem sua versão de acabamento, mas a ausência de vidros e retrovisores elétricos indica que trata-se de uma proto-versão GLS, com interior monocromático de tonalidade azulada, um opcional esquecido do primeiro ano-modelo do Omega, que também se estende ao belo veludo dos bancos, por sinal. Para combinar com o exótico interior, a carroceria é pintada com uma tonalidade que nunca fez parte do catálogo de cores do Omega, e sim do seu irmão mais novo, o Kadett.


O carro rodou 86.000 km apenas dentro da fábrica e na pista de testes, já que nunca foi emplacado. Depois disso o Omega 001 ficou guardado nas dependências da GM até ser exposto no extinto museu da ULBRA. Com o fechamento do museu em 2009 o carro voltou para São Caetano do Sul, onde ficou guardado em um galpão da GMB até 2010, quando foi cedido ao Omega Clube.
A leve restauração foi iniciada assim que o carro chegou aos associados. Além da sujeira evidente depois de tanto tempo guardado, havia fezes de ratos no cofre do motor e danos à tampa do porta-malas devido à uma goteira ou infiltração em algum dos depósitos onde o carro permaneceu (veja a galeria de fotos aqui).
Depois da lavagem, o carro foi encaminhado à uma revisão completa, onde foram substituídos correias e mangueiras, velas, filtro de ar e combustível. O sistema de arrefecimento e a bomba de combustível precisaram apenas passar por uma limpeza completa. Por dentro foi preciso apenas limpar bancos e painéis, e recuperar o forro do teto, que estava soltando da metade para trás.

Para voltar a seu estado 100% original, resta apenas fazer uma reforma nas rodas de liga leve, inverter os logotipos na tampa traseira, e recolocar a tampa do console central e um friso detalhe da grade dianteira, algo que o clube espera conseguir em breve com uma pequena ajuda dos amigos.
Hoje, além de participar de vários eventos, o carro aparece com freqüência em reportagens sobre esse clássico GM dos anos 90.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
[Omega Clube]
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