1 de mar. de 2012

Lotus: "Temos que aproveitar ao máximo os últimos testes"

Com pedido de treino extra negado, time tenta recuperar tempo perdido em Barcelona

Romain Grosjean testa o novo carro da Lotus em Barcelona (Andrew Ferraro/LAT)

A Lotus precisa aproveitar ao máximo a última rodada de testes da pré-temporada, que começou nesta quinta-feira e vai até domingo, no circuito de Barcelona, afirmou o chefe Éric Boullier.

Na última semana, o time inglês foi obrigado a abandonar a segunda bateria de testes ainda no dia inicial, após um total de apenas sete voltas completadas. Logo na primeira saída de Romain Grosjean à pista, o chassi número 2 do E20 apresentou uma grave falha estrutural na suspensão dianteira. A equipe teve de abortar o programa às pressas e levar o carro de volta à fábrica para consertar o problema.
Por conta do tempo perdido, a Lotus chegou a solicitar um dia extra de treino à FIA, no início da próxima semana, mas o pedido foi negado, pois, segundo a entidade, o prazo limite para todas as equipes testarem antes do início da temporada é dia 4 de março, quando termina a última bateria coletiva da pré-temporada.
Dessa forma, Boullier admitiu que a equipe está pressionada a colocar em prática um "cronograma perfeito" de treinos durante as quatro sessões restantes.
"É claro que queremos encontrar a mesma confiabilidade que mostramos em Jerez [na primeira bateria de testes] e conseguir obter o máximo de quilometragem possível. Nunca vamos recuperar os dias que perdemos, mas precisamos aproveitar ao máximo essas últimas quatro sessões que temos pela frente, garantindo assim uma boa posição", declarou o dirigente, em entrevista ao AUTOSPORT.
Para Boullier, o bom ritmo apresentado pelo E20 nos primeiros treinos continua a dar otimismo ao time, embora o chefe reconheça que as atualizações implementadas por todas as equipes podem ter mudado a situação nas últimas semanas.
"Em Jerez, a confiabilidade e o ritmo estavam bons, mas isso não significa muito, porque foram os primeiros testes", reconheceu. "Temos muitas atualizações a serem implantadas para as últimas sessões e para a primeira corrida, assim como os outros. Mas, definitivamente, a base era boa e os pilotos ficaram contentes com o comportamento do carro. Ele apresentou um bom balanço, portanto tivemos um bom começo", relatou.
Questionado se a falha na suspensão dianteira foi resultado de uma tentativa de deixar o carro o mais leve possível, Boullier negou, mesmo confirmando que os novos componentes do sistema o tornaram um quilo mais pesado.
"Não, não, não, não foi nada disso", enfatizou. "Houve uma pequena divergência entre o desenho simulado e um componente instalado no carro. Obviamente, com essa configuração montada na parte da frente, os resultados não foram satisfatórios", explicou. "Decidimos, por várias razões, focar em redesenhar e refazer a suspensão, para nos livrarmos desse componente", alegou.
Por fim, o dirigente também se mostrou resignado quanto à decisão da FIA de não permitir que a Lotus fizesse um dia adicional de teste. Em um esclarecimento enviado às equipes há alguns dias, a federação esclareceu que nenhum treino pode ser realizado a partir da próxima segunda-feira, quando o calendário entra na semana anterior ao GP de abertura, na Austrália.
"Acho que tivemos diferentes interpretações [das regras]. As escuderias concordaram que devíamos treinar por mais um dia na semana que vem, mas a FIA veio a nós e disse que não, por isso fim de história", resumiu.

Fonte:tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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