11 de fev. de 2012

Mercado Quatro modelos brasileiros saem de fininho do mercado

Prisma 1.0, Corsa Sedan, F-250 e Pajero Sport ainda figuram nas tabelas das montadoras, mas na prática sumiram das lojas. Já a Parati ainda é produzida, mas difícil de se achar
Lucia Camargo
Fabio Aro
Chevrolet Prisma 1.0 não estava bem de vendas e já foi "sacado" das lojas

A saída definitiva de um carro do mercado dificilmente é anunciada. Em geral, é feita de forma velada e não oficial pela montadora. Recentemente, quatro modelos nacionais saíram sem aviso prévio pelas portas dos fundos: os Chevrolet Corsa Sedan e Prisma 1.0, a Ford F-250 e o Mitsubishi Pajero Sport. Outro carro desaparecido das lojas é a VW Parati.

A maioria desses modelos já não está mais disponível nos estoques de grandes concessionárias da capital de São Paulo. Para o comprador desavisado, a desvantagem de adquirir as últimas unidades em estoque de um carro em fim de linha é perder a chance de barganhar um maior desconto ou outros benefícios, como acessórios e abatimento de IPVA, por exemplo, e de levar para casa um modelo defasado ou que parou de ser feito porque tinha vendas inexpressivas.
Por ocasião do lançamento do Chevrolet Cobalt, em novembro passado, os executivos da GM afirmaram que deixariam o Corsa Sedan no mercado por mais algum tempo para avaliar seu desempenho, mesmo convivendo com o novo sedã. Além de não figurar mais na lista de modelos disponíveis no site da marca, lojistas consultados pela reportagem afirmaram que deixaram de receber o sedã do Corsa desde o final do ano passado. "Em novembro a fábrica nos enviou um comunicado avisando que o Corsa Sedan não seria mais produzido", informa um vendedor que disse ter sido pego de surpresa.
General Motors
Corsa Sedan perdeu espaço com a chegada do Cobalt
Com preços entre R$ 38 mil e R$ 43.200 o antigo sedã de motor 1.4 perderia naturalmente espaço diante do novo Cobalt, que custa de R$ 40 mil a R$ 47.383. O mesmo não ocorre com o Corsa Hatch e Agile, que têm preços mais distintos.
Também da Chevrolet, o Prisma 1.0 ainda pode ser encontrado em algumas concessionárias, mas deixou de ser entregue faz alguns meses. De acordo com lojistas, a versão popular do sedã do Celta “tinha pouca saída”. Com preços bem próximos, o varejo incentiva os interessados a optar pela versão 1.4.
Outro modelo já fora de linha é a F-250, da Ford. Com baixas vendas (2.500 unidades em todo o ano de 2011, segundo dados da Fenabrave), a picape grande sai de cena às vésperas da chegada da nova Ranger, feita na Argentina e que deverá ter 18 diferentes versões. Um concessionário consultado disse que já não recebia a F-250 desde agosto do ano passado. Consultada, a Ford confirmou que deixou de produzir a picape, na fábrica de São Bernardo do Campo, por razões de mercado.
Divulgação
Mitsubishi Pajero Sport Flex foi substituída pela versão Dakar, cerca de R$ 30 mil mais cara
Com a chegada da versão Dakar para o Pajero feito em Catalão (Goiás), em 2011, a Mitsubishi parou de fabricar a opção Sport. “O Pajero Sport deixou de ser produzido no início do ano passado. Pode ser que alguma concessionária tenha em estoque um modelo zero quilômetro”, afirmou um porta-voz da montadora, justificando a manutenção do modelo em sua tabela de preços (como modelo 2010/2011). Em duas concessionárias de São Paulo consultadas, os vendedores afirmaram não ter nenhum modelo em estoque. Ambos sugeriram a versão Dakar, que é cerca de R$ 30 mil mais cara que sua antecessora Sport.
Na falta da Parati...
A Parati, perua da antiga geração do Gol, ainda está no site da Volkswagen e na sua lista de preços, apenas na versão 1.6. Um porta-voz da montadora garantiu que o carro “continua em produção normal”.
Na prática, a perua não tem sido vista pelo varejo paulista desde o final do ano passado.
Os registros da Fenabrave indicam que em 2011 a Volks emplacou 4.835 unidades da veterana (média de 400 unidades por mês).
Volkswagen
VW Parati era ofereceida também na versão aventureira Surf
Alguns vendedores recomendaram à reportagem, que insistia pelo modelo, a procurá-lo em lojas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Outro disse que nos últimos meses a perua era pouco procurada porque tinha o seguro muito caro. Em todos os casos, a sugestão dos lojistas foi a mesma e pode servir de estratégia de vendas: levar em seu lugar a SpaceFox, sua substituta por natureza, mais moderna e como era de se esperar, mais cara.
Tanto ganhou importância que a station wagon da Volks vem sendo produzida em duas versões (básica e Trend) em São José dos Pinhais, Paraná, e vendida no País complementada com a produção argentina.
As vendas de SpaceFox, aliás, crescem e junto com a versão aventureira SpaceCross, lançada no segundo semestre do ano passado, encostaram na líder Weekend/Adventure. Somando as duas peruas da linha Fox, foram emplacadas 22.148 unidades em 2011 versus 22.853 do modelo da Fiat.
Para o especialista Paulo Roberto Garbossa, da consultoria ADK Automotive, o consumidor precisa estar atento aos modelos prestes a mudar e aos veículos em fim de linha. Muitas vezes pode até valer a pena ficar com um carro que sairá de produção, por uma questão de gosto ou necessidade do consumidor. Mas em todos os casos, Garbossa lembra que já ao sair da concessionária o veículo perde 15% de seu valor original. Se for um carro prestes a mudar ou em suas últimas unidades pode-se barganhar mais de 20% de desconto.
Volkswagen
Site da VW ainda oferece opção para montar a perua Parati, com preços a partir de R$ 42 mil

Fonte:revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/
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