
por Túlio Moreira
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira (2) pelo jornal Valor Econômico, a presidente Dilma Rousseff irá mesmo romper o acordo automotivo que era mantido com o México. A parceria comercial liberava os veículos produzidos no país do imposto de importação de 35% do valor do produto e isentava os automóveis do aumento do IPI em até 30 pontos percentuais determinado no ano passado. O acordo bilateral também era válido para os veículos produzidos no Brasil enviados ao México, que chegavam ao país sem taxa de importação. Segundo o Valor Econômico, a decisão foi tomada sem consulta prévia ao Itamaraty e será publicada oficialmente nos próximos dias, após o retorno da presidente e sua comitiva, em viagem a Cuba, ao Brasil.
O acordo pactuado em 2002 teria ficado negativo ao Brasil em 2009. Em 2011, o México exportou para o Brasil mais de US$ 2 bilhões no segmento automotivo, enquanto o Brasil enviou para lá apenas US$ 372 milhões. Neste caso, o déficit comercial é de quase US$ 1,7 bilhões.
Ao contrário do aumento do IPI para importados, que penalizou principalmente as marcas sem fábrica no país – como as chinesas, as coreanas e as montadoras do segmento premium oriundas da Alemanha –, a nova medida irá afetar diretamente as maiores fabricantes atuantes no mercado brasileiro.
A Volkswagen, por exemplo, traz o Jetta produzido no México para o mercado nacional, enquanto envia Gol, Voyage e Fox para o mercado mexicano. Os carros brasileiros também perderão competitividade no México com o fim do acordo. Ford, Fiat e Nissan também estão entre as marcas afetadas, com modelos como New Fiesta, Freemont e March, respectivamente.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br/
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