2 de fev. de 2012

Indústria - Rompimento de acordo com México não tem volta, afirma Valor Econômico

Foto: Divulgação
Rompimento de acordo com México não tem volta, afirma Valor Econômico Decisão é definitiva e afeta diretamente montadoras instaladas no Brasil

por Túlio Moreira

De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira (2) pelo jornal Valor Econômico, a presidente Dilma Rousseff irá mesmo romper o acordo automotivo que era mantido com o México. A parceria comercial liberava os veículos produzidos no país do imposto de importação de 35% do valor do produto e isentava os automóveis do aumento do IPI em até 30 pontos percentuais determinado no ano passado. O acordo bilateral também era válido para os veículos produzidos no Brasil enviados ao México, que chegavam ao país sem taxa de importação. Segundo o Valor Econômico, a decisão foi tomada sem consulta prévia ao Itamaraty e será publicada oficialmente nos próximos dias, após o retorno da presidente e sua comitiva, em viagem a Cuba, ao Brasil.

O acordo pactuado em 2002 teria ficado negativo ao Brasil em 2009. Em 2011, o México exportou para o Brasil mais de US$ 2 bilhões no segmento automotivo, enquanto o Brasil enviou para lá apenas US$ 372 milhões. Neste caso, o déficit comercial é de quase US$ 1,7 bilhões.

Ao contrário do aumento do IPI para importados, que penalizou principalmente as marcas sem fábrica no país – como as chinesas, as coreanas e as montadoras do segmento premium oriundas da Alemanha –, a nova medida irá afetar diretamente as maiores fabricantes atuantes no mercado brasileiro.

A Volkswagen, por exemplo, traz o Jetta produzido no México para o mercado nacional, enquanto envia Gol, Voyage e Fox para o mercado mexicano. Os carros brasileiros também perderão competitividade no México com o fim do acordo. Ford, Fiat e Nissan também estão entre as marcas afetadas, com modelos como New Fiesta, Freemont e March, respectivamente.

Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br/
Comente está postagem.

Nenhum comentário: