22 de fev. de 2012

F-1-Alonso admite dificuldades com a F2012 em saídas de curva

"Talvez não sejamos os mais rápidos, mas pelo menos não somos os mais lentos", diz

Fernando Alonso, da Ferrari (Glenn Dunbar/LAT)

Enquanto outras equipes já estão aproveitando a rodada de testes em Barcelona para realizar simulações de classificação e corrida, a Ferrari ainda está no estágio de avaliação aerodinâmica do modelo F2012.
Para Fernando Alonso, que completou nesta quarta-feira seu segundo e último dia de treino com o novo carro em Barcelona, a situação mostra que a equipe ainda tenta entender um chassi cujo comportamento em pista está difícil de compreender.

Entretanto, o espanhol disse não se preocupar pelo atraso no desenvolvimento, alegando que prefere focar na parte aerodinâmica e formar um carro veloz no início da temporada, em vez de construir um modelo confiável, porém lento.
"É verdade que ainda estamos coletando informações sobre o carro, algumas as quais nós até já possuímos, mas a F2012 parece bem complexa para entender e temos que melhorar a compreensão sobre o seu comportamento", esclareceu o bicampeão, que terminou o dia como o quarto mais rápido.
"Lembro que, no ano passado, simulamos corridas inteiras nos primeiros testes e, quando chegou [o GP da] Austrália, fomos 1s5 mais lentos que a Red Bull. Simular corrida é sempre bem vindo, mas eu prefiro ter um carro rápido, para poder encontrar a confiabilidade depois, do que um carro forte, mas que seja lento", argumentou.
Uma das impressões deixadas pela F2012 em Barcelona foi a de que o chassi é mais arisco que seus concorrentes diretos, especialmente nas saídas de curva. Sobre o assunto, Alonso desmentiu que haja um problema no balanço do carro, mas admitiu que esta é uma área que precisa ser melhor desenvolvida.
"Do ponto de vista do piloto, o carro sempre parece solto e você sempre quer mais aderência. Não sei quanto aos outros, mas quando eu piloto o carro, penso que eles estão tendo as mesmas dificuldades que eu. Se a questão é só comigo, aí passa a ser um problema real", justificou.
"Mas, em um teste, é difícil saber o que os outros estão fazendo. Às vezes, você está com um jogo de pneus velhos, mantendo velocidades constantes e fazendo as curvas de forma mais lenta. Ao mesmo tempo, outro carro está com pneus novos e pouco combustível, voando nas curvas. Por isso, é difícil julgar de fora, mas esta é uma área onde precisamos melhorar. Ainda estamos sofrendo nas saídas de curva", reconheceu.
Mesmo assim, o bicampeão não descartou a equipe italiana como uma das candidatas à vitória em Melbourne, na etapa de abertura da temporada. "Nossos objetivos são bem ambiciosos. Isso é comum na Ferrari. Você sempre tenta vencer a primeira corrida para se tornar um dos postulantes ao título", enfatizou.
"No momento, não sabemos onde estamos. Talvez não sejamos os mais rápidos, mas definitivamente não somos os mais lentos, portanto temos que esperar para ver, especialmente no último teste. As temperaturas na Austrália estarão mais altas e veremos como o carro se comporta. O Q3 [última fase do treino classificatório] será onde veremos onde estamos", considerou.
De acordo com Fernando, a Red Bull manteve uma base evolutiva em 2012 e deve se manter competitiva, ao passo que Ferrari e McLaren buscaram alternativas mais arriscadas para obter um salto maior de qualidade. "McLaren e Ferrari escolheram diferentes soluções, diferentes filosofias, talvez uma mais complexa que a outra. Mas veremos os resultados em Melbourne e, o mais importante, em novembro [após a última etapa]", concluiu.
Nesta quinta-feira, o brasileiro Felipe Massa assume o comando do carro para concluir o programa da Ferrari nos dois dias finais de testes.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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