29 de jan. de 2012

Kart-Organizadores do SKB comemoram evolução e planejam crescimento

Campeonato é realizado por kartistas e busca fomentar modalidade no país com premiações


Largada da categoria Shifter do Super Kart Brasil (Luca Bassani)
O Super Kart Brasil realiza sua quinta edição neste final de semana e continua mostrando crescimento, com o aumento no número de pilotos, que já chega a 163.
Organizado pelos pilotos Paulo Carcasci, Sérgio Jimenez, Ruben Carrapatoso, André Nicastro, Renato Russo e os irmãos Danilo e Dennis Dirani, o campeonato tem como um de seus principais diferenciais o formato das disputas, com quatro provas em dois dias, a duração das corridas, e as premiações.

Jimenez também destaca o fato do evento ter voltado a movimentar o kartódromo de Interlagos, que nos últimos anos perdeu espaço para novas pistas na capital, e mostra otimismo para o futuro.
“Com certeza, já tivemos uma evolução. Estamos tentando cada vez mais nos organizar e atender a todos que estamos recebendo. A edição deste ano foi a maior, com o maior número de pilotos. Também trouxemos [o kartódromo de] Interlagos de volta, depois de oito anos morto. É um dos melhores kartódromos do Brasil em termos de pista, e não de estrutura. A estrutura deve muito. Mas estamos muito contentes e espero evoluir. Nossa ideia é ter o maior evento do Brasil e, por que não, do mundo.”
Danilo Dirani também celebra as vitórias da organização, mas admite que ainda existe muita dificuldade para realizar cada evento. De qualquer forma, ele mostra confiança na escolha do formato do SKB.
“Ainda dependemos de muita coisa, muita ajuda, pelo tanto de coisa que queremos fazer. Queremos distribuir prêmios, este ano vamos dar três vagas lá na Scusa [campeonato de kart], em Las Vegas, para um Júnior, Graduado e Sênior. Só isso, é um investimento de 9 mil dólares. São 27 mil dólares que vamos ter que arrumar um jeito de fazer, e vamos fazer, pois queremos incentivar todo mundo de correr no nosso formato. Mas ainda não estamos estabelecidos, cada etapa, temos que sair do zero.”
“Esta é apenas a quinta edição do Super Kart. Ainda é muito novo. Queríamos ter feito mais corridas no ano passado, conseguimos fazer só três. Mas o evento cresceu bastante, tem cerca de 10% mais de pilotos do que no ano passado. Fizemos uma fórmula que acho que está dando certo, mas queremos fazer mais. Queremos encontrar um patrocínio melhor, colocar em uma televisão. Dar chance para os pilotos vender um patrocínio e não depender só do pai e, assim, ir crescendo com o patrocínio. É difícil para o cara que gasta 80 mil reais por ano ter que de repente, arrumar 300 mil dólares [para sair do Brasil].”
O piloto, que, além de seguir com sua carreira de kartista, corre na F-Truck, destaca as vantagens do fato do campeonato ser organizado por pilotos com experiência internacional.
“Nós vivemos por todo lado no kart. Estamos correndo nos Estados Unidos, ou vamos para a Europa. Então, estamos vendo de tudo. Existem coisas que não precisam ser do jeito que sempre foi porque é bom. Olhando como as coisas que acontecem lá fora, os caras que, às vezes, tem mais experiência do que as pessoas que estão aqui e conseguem organizar ou fazer um regulamento melhor em termos de corrida, número de voltas, como é feito o campeonato. Tentamos absorver e juntar o que eles têm de bom e o que nós temos de bom para tentar fazer o que achamos que é o ideal.”
Carrapatoso, campeão mundial de kart em 1998 correndo contra Fernando Alonso, também ressalta o modelo de organização implementado no kartismo brasileiro com o SKB e explica que objetivo é fortalecer a cultura do esporte no país.
“Acho que temos mais coisas para fazer, estamos pensando para os próximos eventos, mas se o público veio é porque está dando certo. Ano passado, tivemos 150 pilotos, hoje tivemos pouco mais de 170. Isso mostra o crescimento. Tomara que nos próximos anos cresça ainda mais, porque nosso objetivo é fomentar ainda mais o automobilismo, tentando criar novos talentos, com um evento compacto, mas muito rico. São quatro corridas, duas tomadas de tempo, para o piloto aprender.”
Na opinião de Carrapatoso, o nível dos campeonatos de kart na Europa é superior ao Brasil por conta do maior apoio da imprensa. Ele chama a atenção para a necessidade de suporte a jovens talentos do país.
“Agora temos alguns veículos [da imprensa] nos acompanhando mais de perto, e espero que daqui a cinco anos, isso aumente ainda mais. Que a gente tenha corrida ao vivo na televisão, não só das ‘estrelas’, mas das nossas estrelas aqui que estão competindo aqui no kart, que são os futuros campeões da F1”, explicou o ex-piloto da F3 Euroseries.
“Que tenha corrida na televisão, que é o que acontece na Europa. Eles têm as etapas do Europeu e do Mundial transmitidas ao vivo na Eurosport e na RAI Sport, veículos que estão na Europa inteira. Você vê a dimensão que o kart tem lá e aqui. Eles entram na padaria e compram uma revista de kart. Espero que com esta pequena cultura que estamos tentando inserir, em cinco anos, possamos ter isso”, acrescentou.
Vários pilotos que correm em categorias importantes dentro e fora do país usam a edição do Super Kart Brasil em janeiro para se manter em forma, como Cesar Ramos, da World Series, Tuka Rocha, da Stock Car, Léo Cordeiro, da GP3, entre outros.
Nelsinho Piquet, hoje na Nascar Truck Series, participa pela segunda vez do evento, e afirma que a competitividade das provas é o que o atrai no campeonato.
“A única coisa que mantém você realmente em forma [no intervalo das grandes competições de automobilismo] é o Super Kart Brasil, o resto é brincadeira, as pessoas não levam a sério. Aqui, realmente, você reúne os melhores pilotos de kart no Brasil e tem uma disputa de verdade”, pontuou o piloto brasiliense.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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