28 de jan. de 2012

F-1-AGORA BRUNO ESTÁ NA F-1 por Reginaldo Leme


Bruno Senna visitando a Williams
Bruno Senna visitando a Williams
Ayrton Senna em Donnington, 1983 (assista o vídeo do primeiro teste do Ayrton pela Williams!!)
Três meses depois de Ayrton Senna fazer aquele teste com o F-1 da Williams em Donnington, quando, fora o Ayrton, os mecânicos e o próprio Frank Williams, eu era a única pessoa presente, nascia Bruno Senna. O modelo da época era o FW-08. A história andou e agora Bruno vai pilotar o FW-34.
Durante esta semana muito se falou do fato de Ayrton ter morrido pilotando um Williams, o FW-16, o que é um dado de evidente importância jornalística. Basta pensarmos que os fãs de Fórmula-1 com menos de 18 anos de idade não viram Ayrton Senna pilotando. Mas a lembrança deve ficar por aí. O automobilismo é, de fato, um esporte de risco, não importa qual seja a marca do carro.
Assim como a comparação de Bruno com Ayrton não deve ir além de uma simples  coincidência de ambos terem pilotado um carro de nome Lotus preto e dourado e, depois, correrem pela Williams.  O tio Ayrton, quando foi contratado pela Williams, era um tricampeão consagrado e escolheu a equipe por ser, na época, a melhor do mundo. Bruno é um piloto que ainda busca espaço na F-1, e a Williams de hoje é uma equipe média que tenta recuperar o conceito de grande que já foi.
Na primeira vez que entrevistei o Bruno Senna no programa Linha de Chegada, ele deixou claro que a sua missão era fazer em cinco anos uma carreira que deveria ser feita em dez. Só assim ele, então às vésperas de completar 21 anos, poderia recuperar o tempo perdido e chegar à F-1 com 26. E teria chegado. Quase no final de 2008, Bruno tinha praticamente acertado o seu ingresso na equipe Honda para ser companheiro de Jenson Button no campeonato de 2009. De repente, a Honda decidiu sair da F-1, deixou tudo o que tinha para Ross Brawn, que deu seu nome à equipe e preferiu a experiência de Rubens Barrichello, que já era companheiro de Button na Honda.
Tentando se recuperar da ducha de água fria recebida, Bruno passou aquele ano de 2009 disputando algumas corridas da Le Mans Series, realizou o sonho de correr nas 24 Horas de Le Mans e recusou um convite para defender a Mercedes-Benz no DTM. Em 2010 acreditou em um grupo espanhol comandado pelo ex-piloto de F-1 Adrian Campos, que ganhou da FIA o direito de entrar na F-1, mas fracassou na captação de patrocinadores e acabou fazendo um campeonato decepcionante. Bruno, que trazia uma bagagem de 5 vitórias e 9 pódios na F-3 inglesa, mais 3 vitórias e 9 pódios na GP2, além do vice-campeonato de 2008, amargou um ano largando 10 vezes na última fila e 7 na penúltima, tendo como sua melhor posição em corrida um 14º lugar.
Em 2011 virou piloto reserva na Renault, que teria Robert Kubica e Vitaly Petrov. Antes e começar o campeonato, Kubica sofreu o acidente de rali e a equipe chamou o experiente Nick Heidfeld. Depois da oitava corrida, Bruno entrou no lugar de Heidfeld. Na estréia, classificação de Spa-Francorchamps com pista molhada, ele brilhou ao conquistar a 7ª posição. Na corrida seguinte, marcou seus primeiros pontos com um 9º em Monza. O que posso dizer do Bruno é que, diante do pouco tempo de carreira que tem, ele várias vezes ele me surpreendeu. Agora terá uma equipe bem estruturada, que sai de uma temporada desastrosa e parte para uma grande reformulação do seu staff técnico, incluindo a volta do motor Renault, atual bicampeão do mundo. E, pela primeira vez, vai ter uma pré-temporada para se preparar. Vamos considerar que acontece agora o ingresso de Bruno na F-1, três anos mais tarde do que o planejado.

Fonte:sinalverde
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com/platb/sinalverde/
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