12 de dez. de 2011

Para Ecclestone, Hamilton tem uma relação "desastrosa" com agentes

Bernie Ecclestone criticou a maneira como os pilotos têm sido referenciados como celebridades. Foto: Getty Images Bernie Ecclestone criticou a maneira como os pilotos têm sido referenciados como celebridades
Foto: Getty Images

Bernie Ecclestone, chefe comercial da Fórmula 1, opinou sobre a carreira de Lewis Hamilton nesta segunda-feira e criticou a forma como escolheu seus empresários - os mesmos que fazem parte da indústria do entretenimento.

O piloto britânico surgiu na F1 em 2007 e surpreendeu: logo no ano seguinte, foi campeão com uma diferença de um ponto para o brasileiro Felipe Massa. No entanto, neste ano tem participado de polêmicas dentro e fora das pistas, e foi superado pelo seu companheiro, Jenson Button, no campeonato.
"Acho que ele teve problemas pessoais durante a temporada que o afetaram bastante. Depende bastante das pessoas que te cercam e de quem está em posição de te influenciar", disse Ecclestone em entrevista ao jornal inglês The Guardian.
Segundo Bernie, Hamilton não deu a atenção que devia para seu ex-agente, seu pai, Anthony. Desde este ano, sua carreira é administrada pela mesma empresa que tem ligações com personalidades como David e Victoria Beckham (jogador de futebol inglês e sua esposa, ex-integrante das Spice Girls), Jennifer Lopez (cantora e atriz) e Andy Murray (tenista escocês).
"Acho que ele se aproximou de pessoas que não eram boas para ele. Obviamente, isso não combina com o Lewis. Ele não valorizou a ajuda do pai. Isso é um desastre. Ele conheceu pessoas que provavelmente não teria conhecido e que, provavelmente, são uma influência errada sobre ele", analisou.
Entretanto, Ecclestone recuou e admitiu que muito do que hoje é visto no meio da F1 é influência dos próprios dirigentes. "A culpa é nossa porque tendemos a incentivar celebridades. É bom - não tanto para aqueles que trabalham, mas para os patrocinadores que aparecem com seus convidados e gostam de dizer, "Oh, nós vimos quem quer que fosse". Eles esquecem que vieram para assistir à F1", explicou.
"A diferença é que podemos lidar com eles porque não estamos diretamente envolvidos. Ele (Hamilton) vê alguém assim e o admira, então ele vai começar a fazer igual o que essa pessoa está fazendo", concluiu.

Fonte: terra.com.br
Disponível no(a):http://esportes.terra.com.br

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