21 de dez. de 2011

Os Ícones do Hammond: Lotus Carlton mais pode chamar de Chevrolet Omega


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Eu não sei o nome apropriado para esses casacos de couro com metade do tamanho de um normal, com golas de pele e grandes bolsos que os vilões vestem nesses filmes ao leste de Londres sobre caras durões, mas, seja lá o que isso for, o Lotus Carlton é o carro equivalente ao casaco. Enorme, curvado e provavelmente muito bravo, é um carro que você se aproxima lentamente e tenta não olhar nos olhos. Eu os adorei quando apareceram em 1990, e ainda adoro. Mas seria muita sorte se você ver um: apenas 950 foram feitos numa produção que terminou em 1992, e foi sorte eles terem sido construídos – a idéia de um carro de “família” custando hoje em dia o equivalente a R$ 250 mil é difícil de acreditar.


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Ele podia fazer algo perto dos 290 km/h, e ninguém sabia quão rápido ele podia chegar a 96 km/h, mas cerca de 5 segundos parecem ser a medida mais aceita. É precisamente este tipo de lenda e debate que da um apelo tão arrepiante à ele hoje em dia. É como um unicórnio com um cassetete. O melhor de tudo, a própia existência e a moralidade de um carro de família capaz de alcançar 300 km/h foram debatidos no Parlamento. Isso não o torna muito maneiro?
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Não espere ficar de nenhum jeito desapontado com a realidade do carro ao vê-lo ao vivo. Discreto como um guarda-costas armado, ele é simples, sem penduricalhos e elegante. Ele parecia preto, mas na verdade, quando era montado na fábrica da Opel na Alemanha e enviado até Hethel para virar um Lotus, o Lotus Carlton era disponível apenas em Verde Imperial – extremamente parecido com preto, mas de algum modo era um pouco mais legal. Ele foi o sedã de quatro portas mais rápido por anos, mas não é nenhum carro tunado por um moleque, nem não é para nenhum moleque. Ar-condicionado, vidros elétricos, couro – todas as coisas de gângster estavam presentes e corretas – mas essas coisas são levadas por um motor seis-em-linha de 3.6 litros com duas turbinas que fornecem 380 cavalos. Deus, como ele soa bom. E parece simplesmente inacreditável.
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Ele é, sem duvida, a coisa mais “derrapante” que eu já dirigi na nossa pista. Sim, isso é subjetivo, mas e daí? Divertir-se em um carro é uma coisa completamente subjetiva, a menos, claro, que você esteja numa corrida. O seis-em-linha entrega sua força da mesma maneira que Vinnie Jones poderia bater sua cabeça na porta de um carro, e a traseira desliza aparentemente por puro capricho, mas sempre mantendo-se respeitosamente atrás da dianteira com receio de que o motor se ofenda e quebre seus dentes. Eu não tinha certeza se o meu sorriso de criança e gritos de alegria combinavam muito com um carro que faria seus vizinhos fugirem de medo pensando que você estava planejando algo maléfico, mas eu não conseguia parar.
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No entanto não é uma força de brutamontes – era e ainda é sofisticado. A suspensão traseira semi-independente e multi-link mantêm as coisas sob controle. E é também auto-niveladora, provavelmente para aqueles momentos quando o corpo no porta-malas era realmente grande. Os discos ventilados na dianteira certamente eram bons para a época, e a configuração biturbo significa pico de torque aparecendo pronto aos 4.200 RPM. O câmbio, um manual de seis velocidades de um Corvette ZR1 e a embreagem extremamente pesada são os únicos lembretes da brutal potência deste carro.
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Certo, claro que ele ainda está entre nós de certa maneira, com o VXR8 carregando a tocha dos sedãs brutamontes e superrápidos. Mas o Lotus Carlton fez isso primeiro com um grau de surpresa, sofisticação e autoridade que eu simplesmente acho que não tenha sido igualado hoje em dia.

Fonte: topgearbr
Disponível no(a):http://topgearbr.wordpress.com

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