30 de dez. de 2011

Mercedes-Benz C200 Avantgarde BlueEfficiency: um sedã com dupla personalidade


A Mercedes-Benz produz automóveis há mais de cem anos, baseada sempre na vanguarda tecnológica. Com o passar do tempo os modelos passaram a se destacar pelo bom acabamento, sobriedade de suas linhas e solidez mecânica. Além disso, são símbolos inegáveis de sucesso.

A versão C200 Avantgarde está situada entre a C180 e a C250 e se mostra como mais uma opção no segmento dos importados. Passei uma semana a bordo do modelo que traz a tecnologia CGI, lançada em 2010, seguindo o conceito BlueEfficiency. Em linhas gerais, busca aliar desempenho com economia de combustível e menor emissão de poluentes.
À primeira vista a impressão é que se trata de uma gama superior da marca. Isso se deve, em parte, à reestilização realizada há alguns meses, que traz os LEDs nos pára-choques e desenho mais agressivo. No modo automático de configuração dos faróis, eles ficam acesos durante o dia e reconhecem o ambiente, ligando a luz baixa na entrada de garagens ou quando cai a noite.

O interior traz como destaque os detalhes de acabamento em alumínio, que conferem um visual elegante ao painel. A marca alemã tem também como característica o pedal de acionamento do freio do lado esquerdo, algo não utilizado mais por outras marcas. Mas não vejo isso com algo antiquado.
O novo volante de três raios conferiu mais esportividade e jovialidade ao sedã, além de contar com regulagens diversas. Outra característica única da Mercedes-Benz é o acionamento dos limpadores do lado esquerdo. Por ali também está localizada a alavanca do Speedtronic, o piloto automático que permite manter a velocidade constante.
E por falar em esportividade, é nesse ponto que o “pacato” modelo mostra o outro lado de sua personalidade. Debaixo do capô o motor de 1,8 litro turbo, de 184 cv e 27,5 kgfm de torque reserva boas surpresas para o motorista. A transmissão 7 G-Tronic de sete velocidades casou perfeitamente no conjunto, fazendo trocas imperceptíveis e sempre no momento certo, garantindo a agilidade do sedã.
Aliás, ao lado da alavanca está o botão (S e E), significando Sport e Economic, respectivamente. Ele funciona bem quando estamos em uma saída de semáforo e uma pisada consistente no acelerador catapulta o ponteiro até os 6 mil giros, sem sinal de turbolag. No semáforo seguinte o dono daquele sedã coreano vai te olhar com uma cara de surpresa.
O C200 acelera com disposição, cobrindo o 0 a 100 em 7,8 segundos. A máxima é de 235 km/h. Particularmente considero os números de desempenho como aceleração e retomada muito mais importantes do que a velocidade final – mesmo porque nem temos uma Autobahn por aqui, e abusar dos limites da rodovia não faz parte do meu estilo.
Mas é em um trecho de curvas – uma serra, por exemplo – que outra qualidade se sobressai. O Agility Control mantém os amortecedores mais rígidos ou macios dependendo da velocidade e do piso. A direção também fica mais firme em um trajeto como o descrito. Isso eu tive oportunidade de testar por ocasião do lançamento, há sete meses.

Depois disso tudo o leitor deve estar se perguntando sobre os dados de consumo. Bastante razoáveis, devo dizer. A média ficou em torno de 6,8 km/h, mas devemos levar em conta o período de Natal e engarrafamentos constantes. Em um pequeno trecho de estrada consegui 9,3 km/l. Ah, isso sem sair do semáforo todas as vezes com o botão Sport ativado, é claro.

Nesse mês de dezembro e antes do aumento abusivo do IPI um exemplar como este saía por R$ 150.900,00. Tudo bem, ele não traz os apitos dos sensores de estacionamento e nem câmera de ré, mas se o comprador levar em conta a tradição e o prestígio seculares da estrela de três pontas, pode ser uma opção muito interessante.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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