12 de set. de 2011

Questão de tempo por Rafael Lopes

Sebastian Vettel vence em Monza
E ainda tem gente que desdenha de Sebastian Vettel. Após mais uma corrida impressionante, desta vez no GP da Itália, com um domínio enorme, o alemão está muito próximo de conquistar o bicampeonato com cinco corridas de antecipação já em Cingapura, no dia 25 de setembro.
Se isto não é sinal de talento e capacidade, já não sei mais o que é. “Ah, mas o carro da RBR é fantástico”, dirão alguns. Então me expliquem porque Mark Webber, com o mesmo carro, não consegue andar sequer em um ritmo próximo ao do companheiro. Vettel é um talento sim, um dos maiores da Fórmula 1 atual. E vai conquistar o segundo título com muita justiça.
Já que queimei meus neurônios para fazer os cálculos na crônica da corrida no GLOBOESPORTE.COM, vou reproduzi-los aqui: Com oito vitórias, o alemão da RBR está muito próximo do bicampeonato: com 284 pontos, tem 112 de vantagem sobre Fernando Alonso, da Ferrari, terceiro em Monza e vice-lider do Mundial, e 117 sobre Jenson Button, da McLaren, e Mark Webber, companheiro. Ele leva o título por antecipação se vencer novamente e o espanhol chegar fora do pódio. O inglês e o australiano podem até chegar na terceira posição na corrida noturna. A cinco provas do fim, seria o maior domínio de um piloto desde 2004, com Schumacher.
A corrida foi uma das mais espetaculares dos últimos tempos. Antes de entrar nela, temos de exaltar a sensacional manobra de ultrapassagem de Sebastian Vettel sobre Fernando Alonso na Curva Biassono. O alemão colocou por fora do espanhol em um dos trechos mais rápidos do circuito, chegou a colocar uma roda na grama, mas completou a manobra de forma brilhante. A aposta dele e da RBR em uma relação de marchas mais curta, sacrificando a velocidade final, mas ganhando mais agilidade nas retomadas e na parte mista do circuito. E deu certo: uma vez na primeira posição, ele não foi mais alcançado em Monza.
Sebastian Vettel vence em Monza
O resto do grid protagonizou uma prova muito movimentada, recheada de ultrapassagens. Antes de falar sobre isso, temos que destacar a inacreditável barbeiragem de Vitantonio Liuzzi na largada. O italiano errou feio no fim do grid, foi para a grama e acertou o carro de Vitaly Petrov na Variante del Rettifilo, a primeira do circuito. Além de um acidente perigoso, ele ainda provocou uma entrada do safety car logo no início da corrida. Ironicamente, isso ajudou Vettel e também contribuiu para deixar os pilotos muito próximos, o que seria determinante para a maior disputa da corrida, entre Lewis Hamilton e Michael Schumacher, durante mais de 20 voltas.
Schumi parecia de volta aos bons tempos, defendendo sua posição com um vigor há muito não visto. Já Hamilton teve paciência para esperar. Talvez por respeito, ele não tentou colocar o carro onde não dava, como costuma fazer com outros rivais. A briga dos dois, recheada de divididas e trocas de posição, foi uma das melhores que já vi na categoria. E acabou ajudando Jenson Button, que vinha atrás deles e conseguiu passá-los em apenas uma volta. O campeão de 2009 ainda superou Alonso e ganhou a segunda posição. Mais uma corrida com a sua assinatura, discreta e muito eficiente. Impressiona o estilo limpo do piloto da McLaren.
ara encerrar, temos de lembrar o nono lugar de Bruno Senna, que fez seus primeiros dois pontos na Fórmula 1. Ele foi um dos que foi atrapalhado pelo incidente da primeira curva, mas se recuperou e fez uma prova agressiva e, ao mesmo tempo, madura. E isso rendeu elogios dos chefes da Renault-Lotus. Já Felipe Massa podia ter conseguido um resultado melhor. Só que o exagero de Webber no início da prova, com um toque no brasileiro na primeira chicane, acabou atrapalhando tudo. Ele chegou em sexto. Rubens Barrichello foi outra vítima de Liuzzi. Os pontos eram o objetivo, mas o piloto da Williams teve de se contentar com um 12º lugar.
Bruno Senna faz pontos em Monza

Fonte: voandobaixo/
Disponível no(a)http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/

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