5 de set. de 2011

Preços de opcionais têm diferenças de até 78% nos modelos populares

 Fotos: Divulgação
Preços de opcionais têm diferenças de até 78% nos modelos populares
Levantamento do Idec constata que a maioria dos itens não é oferecida separadamente; preço no site da marca também é diferente do praticado na concessionária

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) constatou que pacotes iguais com itens opcionais podem apresentar diferenças de preço de até R$ 2 mil. A pesquisa foi feita com base nos valores dos itens opcionais de cinco modelos básicos: Chevrolet Celta, Fiat Palio, Ford Ka, Volkswagen Gol e Renault Clio.
A entidade encontrou dificuldades para realizar a comparação, já que muitos itens não são oferecidos com preços isolados nas concessionárias ou nos sites das montadoras. O ar-condicionado foi o único item que pôde ser pesquisado separadamente nas concessionárias das cinco marcas pesquisadas pelo instituto. A viração de preço do item chega a 78% – diferença entre o ar-condicionado do Volkswagen Gol, vendido por R$ 2.700, e do Ford Ka, que é oferecido por até R$ 4.810.

O Idec constatou que, na maioria das vezes, os kits de opcionais são oferecidos com preços fechados, sem a definição de valores de cada um dos itens incluídos. No caso das travas e vidros elétricos, a Ford e a Fiat não informaram valores isolados. Assim, a maior diferença ficou entre Celta e Gol, no caso das travas elétricas – R$ 240 no modelo da Chevrolet e R$ 490 no carro da Volkswagen, diferença de 51% – e entre Gol e Clio, em relação aos vidros elétricos – a Renault cobra R$ 900, enquanto a Volkswagen cobra R$ 700, diferença de 22%.

Além disso, a pesquisa constatou diferença entre o valor de opcionais em relação ao que era informado no site e o que era repassado pela rede de distribuidores. O kit de airbag duplo do Ford Ka, por exemplo, é ofertado por R$ 7.940 no site e R$ 9.870 na concessionária – diferença de R$ 1.930, ou 19,5%. 

O instituto que realizou a pesquisa constatou que as montadoras brasileiras estão praticando venda casada, por não ofertarem separadamente um produto e por atrelarem a venda de um item à aquisição obrigatória de outros produtos. O resultado do estudo foi enviado ao Departamento de Defesa do Consumidor, ao Ministério Público Federal e à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As montadoras se defendem afirmando que a venda de kits ou pacotes não configura venda casada, já que é oferecida como opcional e não é decisiva para a compra do veículo.



Fonte: motordream
Disponível no(a)http://motordream.uol.com.br

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