10 de set. de 2011

Nissan tira lições do sucesso das marcas coreanas

Foto: Divulgação
Nissan tira lições do sucesso das marcas coreanas Diminuir a dependência da produção no país de origem e expandir a presença nos mercados emergentes são algumas das lições que a Nissan aprendeu com Hyundai e Kia

O chefe de operações da Nissan, Toshiyuki Shiga, está visitando Seul, capital da Coreia, e afirmou que a abordagem rápida é o principal segredo do sucesso das fabricantes oriundas do país, especialmente a Hyundai e a Kia. O executivo japonês declarou que as montadoras coreanas são rápidas na hora de se inserir em um novo mercado, investindo em design e desempenho, e utilizando marketing agressivo para impulsionar as vendas.Shiga também afirmou que as marcas japonesas, inclusive a Nissan, também precisam aprender com o exemplo das coreanas. A Hyundai e a Kia, que juntas formam o quinto maior grupo automobilístico mundial em vendas, conseguiram emplacar 772.659 unidades nos Estados Unidos de janeiro a agosto deste ano. O resultado foi superior ao das japonesas Honda, com 770.265 unidades, e Nissan, que comercializou 681.115 veículos, com base no acumulado dos oito primeiros meses do ano.

A boa inserção da Hyundai no mercado norte-americano fez a marca aumentar sua previsão de vendas globais este ano, de 3,9 milhões para 4 milhões de unidades. O resultado também é motivado pela recepção dos veículos coreanos nos mercados emergentes, como o Brasil. A nível mundial, a meta da Hyundai agora é se aproximar dos maiores conglomerados automobilísticos, como General Motors, Toyota e Volkswagen.

O chefe de operações da Nissan creditou a dificuldade enfrentada pelas montadoras nipônicas não só ao tsunami que assolou o Japão em março, mas também à valorização do iene face ao dólar e à retração do mercado doméstico. Por isso, a Nissan, assim como a Honda, quer diminuir sua dependência da produção japonesa, aumentando a fabricação de veículos em mercados emergentes, para depois exportá-los para a Europa e os Estados Unidos.

É uma estratégia similar à adotada pelas marcas coreanas. Para evitar flutuações cambiais, a Hyundai e a Kia investiram na construção de fábricas em diversos países do mundo, como China, EUA, Eslováquia, República Tcheca e Rússia para reduzir custos e minimizar o impacto das flutuações cambiais. No Brasil, a Hyundai irá investir US$ 600 milhões, cerca de R$ 1 bilhão, na fabrica com capacidade para 150 mil veículos que está construindo em Piracicaba, no interior de São Paulo, e que estará em operação a partir de 2013.

Fonte: motordream
Disponível no(a)http://motordream.uol.com.br

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