26 de ago. de 2011

Teste: Ducati Monster chega à idade da razão com a 1100 Evo

Fotos: Divulgação
Teste: Ducati Monster chega à idade da razão com a 1100 Evo
A motocicleta italiana chega aos 18 anos em sua melhor forma

por Ivana Cenci
do Infomotori/Itália
exclusivo para Auto Press


Em 1993, a Ducati resolveu lançar um produto com uma proposta bastante diferente. Uma moto que aliasse a praticidade de uma naked à potência e baixo peso de uma esportiva. Foi aí que surgiu a Monster – com nome sucinto e apropriado. O tempo foi passando e o “monstro” da Ducati foi construindo seu caminho atingindo, versão após versão, a sua plena maturidade: uma técnica mais refinada, motores mais potentes e a adoção de um sistema totalmente eletrônico de série. A última versão é a que melhor retrata isso: a Monster 1100 Evo.
O coração dela é a evolução da Monster 1100 “comum”. Com um motor bicilindro em “V” – que a Ducati chama de L-Twin pelo seu posicionamento –, comando duplo de válvula e 1.079 cc, essa é a Monster mais poderosa já feita. No total, o propulsor gera 100 cv de potência a 7.500 rpm e um torque de 10,70 kgfm já disponível a 5.750 giros. Obviamente que, além do motor ter ficado mais potente e ágil, o chassi também sofreu melhorias e atenção por parte de equipe de engenheiros da Ducati, que desejaram colocá-la no topo da sua linha.

Como se o tradicional quadro em treliça – mais leve e resistente – já não fosse capaz de conter o motor, o veículo ganhou um novo garfo dianteiro Marzocchi de 43 mm, totalmente ajustável, e um amortecedor Sachs, também ajustável para parte traseira. Os freios passaram a servir melhor uma moto deste porte, oferecendo pinças de 4 pistões radialmente montadas sobre 320 mm nos discos dianteiros, com um disco de 245 mm na roda traseira.

Para a configuração Evo, mudanças estéticas foram feitas. Mas não foram radicais, para não perder o aspecto tradicional. Houve um impacto visual, como as novas saídas de escape sobrepostas, mais curtas que, além de emitir um ruído mais agressivo e agradável, deram à moto um visual mais “streetfighter”.

A traseira da moto foi redesenhada para ficar ainda mais prática. A posição de pilotagem e a do passageiro foram redefinidas, fornecendo mais conforto e mantendo a altura do assento em 810 mm, permitindo que ambos toquem o chão com facilidade. A sigla “Evo” na Ducati indica, basicamente, a adoção de novos componentes eletrônicos. O Pacote de Segurança Ducati, na verdade, consiste em dois dispositivos importantes: o ABS e o controle de tração. Os dois sistemas comunicam-se entre si trabalhando com sensores de velocidade nas rodas, tanto para velocidade de rotação, como para possíveis desacelerações súbitas, que podem resultar bloqueio nas rodas.

O preço desta máquina na Itália é de 11.690 euros – quase R$ 27 mil. No Brasil, o mesmo modelo é comercializado por salgados R$ 45.900.
     

Primeiras Impressões

Monstro da serra

Sicília/Itália –
Ao virar a chave da Ducati Monster 1100 Evo, chama a atenção o painel de instrumentos digital, assim como o ruído que saiu do escapamento ao apertar o botão de partida. Na hora de encarar uma estrada sinuosa, a Monster mostra o seu valor.

As trocas de marcha são feitas com sutileza e conforto, sem trancos. Na hora de acelerar fundo, a Monster levanta a frente levemente e demonstra porque a sua relação peso/potência é um grande diferencial. Na hora de parar, a moto se mostra equilibrada, sem balançar muito. A alavanca do freio é bem modulada e permite que o piloto possa optar por fazer uma redução mais brusca, ou apenas diminuir levemente a velocidade. Além disso, as vibrações no guidão e na pedaleira são mínimas. Quando as curvas começaram a aparecer, uma após a outra, começa a verdadeira diversão. A Ducati muda facilmente de direção com uma excelente estabilidade nas entradas das curvas, em parte graças aos seus pneus: Pirelli Red Diablo II.

Ao sair das curvas, o desempenho foi satisfatório e acelerar novamente não causa reações adversas, graças ao controle de tração, que ameniza uma possível perda de retaguarda e intervém para corrigir a disposição, sem que o motorista perceba, garantindo um melhor desempenho do motor. Ao dirigir mais relaxado, curtindo a paisagem, a posição de pilotagem é confortável, com o peso da moto uniformemente distribuído. Mas quando o piloto começa a esticar e exigir um pouco mais de potência da Monster, há uma reação vigorosa. O que, de fato, traz um pouco de peso nos pulsos, especialmente nas frenagens, deixando o piloto cansado após algumas horas de condução.

A Ducati Monster 1100 Evo prova ser uma moto capaz de proporcionar grande emoção. Oferecida, acima de tudo, por um pacote de tecnologia, que proporciona um sentimento de segurança que acompanha constantemente o piloto em todas as condições.


Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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