SUV apresentado em 1979 chega aos 32 anos com motor 5.5 V8 de 507 cv. Preço ‘salgado’ (US$ 295 mil) faz o modelo ser objeto quase que exclusivo.
Lançado em 1979 após sete anos de desenvolvimento, o Mercedes-Benz Classe G chega aos 32 anos com saúde de ‘garoto’, algumas rugas que revelam a idade e status de exclusivo. Comercializado no Brasil apenas na configuração preparada pela AMG (divisão esportiva da marca alemã), o utilitário esportivo custa US$ 295 mil, aproximadamente R$ 475 mil. Não é por acaso que foram vendidas apenas nove unidades no primeiro semestre (objetivo e fechar o ano com 19 emplacamentos) e a tempo de espera para ter um na garagem pode demorar até seis meses. O modelo é feito na Áustria.Por um circuito off-road e alguns quilômetros de asfalto na região de Campinas, interior de São Paulo, o G1 avaliou o SUV equipado com motor 5.5 V8 de 507 cavalos de potência entregues a 6.100 rpm e 71,3 mkgf de torque entre 2.650 e 4.000 rpm, e transmissão automática seqüencial de cinco marchas. Com esse conjunto mecânico, o ‘pesadão’ de 2.580 kg chega aos 100 km/h em 5,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 210 km/h – desempenho de causar inveja em muitos esportivos.
Classe G 55 AMG é fabricado na Áustria (Foto: Divulgação)
Na rodovia, o ‘quadradão’ de 4,66 m de comprimento, 2 m de largura e 1,93 m de altura é imponente. Mas não apenas por suas medidas, mas também pelo ronco do propulsor que agrada aquele que está ao volante e, sem duvida, intimida o motorista que está no carro ao lado. Com mais de 70 quilos de torque disponíveis em uma ampla faixa de rotações – entre 2.650 e 4.000 rpm -, sobra disposição ao G 55 AMG para ultrapassagens. Os diversos sistemas eletrônicos, como controle de estabilidade e de tração, ajudam a manter a ‘fera’ sob controle. Estilo 'quadradão' marca o Mercedes-Benz apresentado em 1979 (Foto: Divulgação)
A transmissão automática sequencial de cinco velocidades tem engates suaves e está em sintonia com as exigências do motor. Ressalva para o acerto da suspensão, que poderia ser um pouco mais rígida, evitando as inclinações acentuadas da carroceria em curvas mais fechadas e frenagens fortes.Interior do Classe G 55 AMG oferece requinte, mas já mostra alguns elementos ultrapassados (Foto: Divulgação) |
Design
O visual do Classe G não passa desapercebido. Ao contrário do atual movimento da indústria automobilística, que aposta nos ‘quadrados arredondados’ (Kia Soul, novo Fiat Uno, Citroën C3 Picasso, entre outros), o Mercedes-Benz é ‘quadrado quadrado’. Talvez por isso o modelo apelidado de ‘caixa de fósforos’ por alguns funcionários da própria montadora tenha uma personalidade marcante e pouco mudou nestas mais de três décadas, conquistando consumidores como os apresentadores Fausto Silva (Faustão) e Luciano Huck e a atrizes Megan Fox e Hilary Duff.
Interior
Apesar de o acabamento utilizar materiais de boa qualidade – o teto, por exemplo, é revestido com couro Alcântara e o volante, caso o comprador queira, pode ser de madeira -, o projeto já mostra ‘rugas de velhice’. A começar pelo curto painel, que faz com que o motorista e o passageiro ao lado fiquem muito próximos do para-brisa. A melhor posição ao volante – sempre elevada – é facilmente encontrada em virtude dos inúmeros ajustes elétricos do banco e da coluna de direção. O painel de instrumentos simples, tem visibilidade boa e transmite com facilidade todas as informações necessárias por meio do visor do computador de bordo, localizado entre o conta-giros e o velocímetro.
Aposentadoria?
No início de maio, a Mercedes-Benz divulgou a produção da série Final Edition para o Classe G, disponível apenas na configuração duas portas das versões G 350 (motor 3.0 V6 turbodiesel de 211 cv) e G 500 (5.5 V8 a gasolina de 388 cv) – ambas equipadas com transmissão automática de sete velocidades 7G-Tronic. A notícia colocou em dúvida se o 'jipão' está próximo da aposentadoria e fomentou os boatos de que uma nova geração estaria sendo preparada.
Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros
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