À primeira vista esta geração do pony car desperta ódio e paixão ao mesmo tempo. Ela durou 11 anos. Muita gente olha e pensa em algo parecido com um Escort. É verdade, não dá pra negar que seu estilo é quadradão e até mesmo conservador.
Mas se por um lado a carroceria não é das mais bonitas, devemos lembrar que debaixo do capô bate um coração V8 conectado às patas traseiras, o que fez do carro uma referência em desempenho na época. E se formos pensar na quantidade de exemplares que rodam no Brasil, veremos que este é sim um esportivo a ser considerado.
Chegando ao segundo subsolo da garagem na zona oeste da capital paulista, notei a silhueta do Ford debaixo de uma capa e o logotipo ovalado da marca na mesma. Vale lembrar que na época da fabricação, início dos anos 90, entravam no país as primeiras unidades importadas após mais de 15 anos de proibição. Itens como injeção eletrônica eram novidade em nosso mercado.
Quando a capa foi retirada pude observar que a cor casou bem com a proposta. A tonalidade preta deu um charme a mais, especialmente pelo fato do carro ser conversível. Já havia feito uma matéria com outro exemplar, ano 1989, na cor vinho, em 2009.
Uma característica que chama atenção logo de cara é o tamanho compacto. Tendo como referência o enorme Mach 1 que, alías, fica na mesma garagem, essa idéia fica bem clara. Menor, mais leve e mais potente. Opa, essa combinação deve ser interessante.
O conversível se comporta bem no trânsito, e muita gente olha duas vezes quando escuta o som do motor. O bloco utilizado é o conhecido 302 V8, mas com injeção eletrônica e outras melhorias técnicas interessantes, entregando 225 cv de força. A transmissão automática tem quatro velocidades.
Entre um trecho e outro uma pisada mais forte mostrou seu potencial. Segundo dados de época, o 0 a 100 é feito em 7,3 segundos. Não pude confirmar, mas ele anda bem. Essa geração teve exemplares no programa SSP (Special Service Package), que serviram como viaturas de polícia na Califórnia e outros Estados americanos
Realmente foi um passeio divertido.
O proprietário me disse que pelo fato de existirem poucos modelos como este rodando por aqui, sempre consegue se destacar nos encontros do Clube do Mustang.
O mais engraçado mesmo é ouvir o esportivo ronronando entre uma subida e outra, despertando alguns olhares e comentários do tipo: “Você viu aquele XR3 que acabou de passar?”.
Fonte: jalopnik.com.br
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