Adam Parr, presidente da equipe inglesa, mostrou confiar no potencial de Maldonado e acenou para a possibilidade de renovar com o piloto para o próximo ano. “Dá para ver sua velocidade. Ele é um novato e a lição número um dos meus cinco anos de F1 é: não contrate um estreante por uma temporada porque você está apenas se matando.”
Curiosamente, a declaração de Parr vai na contramão da postura da equipe adotada no ano passado, quando o estreante Nico Hulkenberg foi dispensado do time no final de sua primeira temporada da categoria. Por mais que a saída do piloto alemão tenha sido ligada a questões financeiras (o que, se tratando da Williams, merece um post à parte), a postura de Parr mostra que, em uma situação ideal para o time, Hulkenberg teria permanecido ao lado de Rubens Barrichello.
Mesmo que Hulkenberg tenha conseguido uma vaga na categoria em 2011, sendo terceiro piloto da Force India atuando nas sextas-feiras – podendo, inclusive, seguir os passos de seu antecessor Paul di Resta e ser promovido a titular em 2012 –, não é bom para a imagem de um piloto ser dispensado logo após sua primeira temporada.
Vale citar o acontecido com Felipe Massa, que, depois de estrear em 2002, perdeu sua vaga na Sauber para Heinz-Harald Frentzen. Seu acordo com a Ferrari lhe permitiu testar para a escuderia de Maranello em 2003, mas, caso estivesse de fato a pé, dificilmente teria retornado à categoria.
Por mais que sua temporada de estreia não tenha sido brilhante como um todo, Hulkenberg teve momentos de destaque, como sua pole position no GP do Brasil. Sua performance ao lado de Maldonado em 2009, na GP2, quando os dois dividiram a equipe ART, mostra que, ao menos no que diz respeito a habilidades ao volante, Hulkenberg é ao menos tão rápido quanto o venezuelano.
Muitos pilotos melhoram em sua segunda temporada na categoria, como é visto com Vitaly Petrov na Renault. Hulkenberg, que mostrou evolução na fase final da temporada de 2010, merece mais uma oportunidade na F1 para mostrar seu talento apresentado na GP2, F3 Europeia e A1 GP. O contrário representaria uma injustiça com o alemão, especialmente quando pilotos menos promissores, como Vitantonio Liuzzi e Heikki Kovalainen, ganham segundas chances.
Mas, como é sabido na F1, injustiças fazem parte do negócio.
Fonte: /tazio.uol
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