16 de jul. de 2011
Esta deve ser a Ferrari F1 mais obscura de todas
A McLaren pode até ser especialista em construir monopostos estranhos, mas a Scuderia Ferrari sabia transformar o “estranho” em “feio”, mesmo. Esta é a Ferrari 312 B3 de Mauro Forghieri, datada do final de 1972, mais conhecida como Spazzaneve (pá de neve).
Ela era tão esquisita que nem chegou a competir.
Esta coisa horrenda era na verdade um conceito bastante avançado. Construído após outra temporada decepcionante, quando a Ferrari terminou a temporada em um mero quarto lugar entre os construtores, o Spazzaneve pegava emprestadas alguns elementos do Lotus 72, o carro em forma de cunha revolucionário de Colin Chapman e Maurice Philippe.
A grande sacada do projeto da Lotus foi trocar o radiador, que antes ficava no nariz do carro, por dois radiadores menores posicionados ao lado do cockpit, bem como as entradas de ar – é esse o layout dos carros da Fórmula 1 até hoje. A maior vantagem do formato em cunha é a redução da área frontal, que se traduz em menos arrasto aerodinâmico. O projeto de Forghieri utilizava os radiadores laterais, porém com entradas de ar frontais, daí o enorme par de narinas na asa dianteira.
A versão final era até interessante, mas não parecia um carro de Fórmula 1. Infelizmente, nunca soubemos como ela teria se comportado em um GP de verdade, já que Mauro Forghieri foi afastado da equipe antes do início da temporada de 1973. Seu sucessor desenvolveu outra versão do 312 B3, um carro que não terminou no pódio sequer uma vez, deixando a Ferrari com um embaraçoso sexto lugar no campeonato. No final daquele ano, Forghieri retornou, e a Scuderia Ferrari venceu quatro dos seis campeonatos de construtores que se seguiram, ficando em segundo lugar nos outros dois.
Todas as fotos por Pietro Zoccola
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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