14 de jul. de 2011

Como manusear um protótipo Alfa Romeo 1968



Especialistas em episódios antigos de Top Gear  já sabem que fazer baliza em um grande supercarro italiano de motor central – por exemplo, um Lamborghini Countach  – é uma tarefa ingrata. O mesmo não pode ser dito de grandes carros de corrida italianos com motor central, caso deste Alfa Romeo 33/2.
E quando seu dono fez a gentileza de aceitar uma ajuda, o Jalopnik estava lá para dar uma mãozinha.
Carros de corrida podem ser grandes, mas também são preferivelmente leves. O Countach pesava por volta de 1.450 quilos. O Alfa Romeo 33/2 1968 pesa pouco mais de um terço disso, apenas 550 quilos. O que significa que sua vasta majestade vermelha é facilmente manobrada no ponto morto, com o santantônio transformando o carro em um grande – e caro – carrinho de supermercado.
Uma coisa, no entanto, se mantém ao estacionar estes dois monstros completamente diferentes: você vai parecer um bobo durante o processo. Seja Jeremy Clarkson dependurado no Countach, ou o proprietário do Alfa esterçando e empurrando, ou este que vos escreve inclinado sobre o santantônio com um chapéu branco, se envergonhar é praticamente certo. A não ser que seu nome seja Valentino Balboni, que deve ser o único homem que pode competir com Steve McQueen em parecer bacana mesmo nas mais difíceis circunstâncias.
Claro que há muito mais sobre o Alfa Romeo 33/2 que uma mera baliza.

O 33/2 foi a segunda encarnação da família Tipo 33, o protótipo esportivo da Alfa Romeo entre 1967 e 1977. Construído pela Autodelta para a temporada de 1968, o 33/2 formaria a base do Alfa Romeo 33 Stradale. Este carro, com o chassi número 14, terminou em terceiro na Targa Florio de 1968, pilotado por Lucien Bianchi e Mario Casoni. Outro 33/2 com Nanni Galli e Ignazio Giunti terminou em segundo e venceu a categoria até dois litros, três minutos atrás do Porsche 907 de Vic Elford e Umberto Maglioli.

A maior parte dos 33s tinha retrovisores exóticos. O deslocado tripé marciano no melhor estilo Guerra dos Mundos do 33/2 evoluiu para Como manusear um protótipo Alfa Romeo 1968">um periscópio gigante no 33TT12 de 1973.

Fora o peculiar retrovisor, a enorme superfície traseira do carro e a baixa altura fazem valer a pena olhar direto para trás quando se manobra, como demonstra aqui o atual dono, Alessandro Carrara.

Escapamento direto, pneus largos e uma caixa de câmbio expostas se abrigam na traseira.

Alessandro e eu fizemos um bom trabalho ao estacioná-lo hein?

O carro tem um V8 2.0 central, com cornetas polidas, capazes de 274 cavalos a 9.600 rpm. Quem não gosta de cornetas?

É tudo muito bruto de perto. Tubos, canos, blocos de metal, tinta vermelha.

Depois do sucesso na Targa Florio, o carro foi vendido para o piloto independente Aldo Bardelli que correu com ele nos três anos seguintes. Originalmente, o Alfa tinha um teto, mas ele foi removido para Bardelli transformar o 33/2 em um carro aberto.

O capacete de Aldo Bardelli é guardado pelo atual proprietário Alessandro Carrara em seu estado original, com arranhões, fitas adesivas e tudo mais. Você pode ver Bardelli e seu capacete em ação aqui.

Um pedaço da viseira no acrílico original, amarelado com o passar do tempo.

Segundo o especialista em coleções Simon Kidston, Bardelli estava presente quando Carrara comprou o carro em 2006 (o modelo havia passado nas mãos de outras duas pessoas nesses 35 anos) e comentou: “O assento e o espelho estão nas mesmas posições de quando o guiei pela última vez!”

Fonte:jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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