2 de mai. de 2011

Fomos até a Alemanha para saber como anda o novo Audi A6

Nova geração do sedã chega entre julho e agosto com apelo esportivo e muita tecnologia

Carlos Guimarães, de Munique (Alemanha)
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Audi A6: nova geração ganha apelo esportivo e uma boa dose de sofisticação para encarar rivais de peso, como o BMW Série 5

No fundo da garagem do aeroporto de Munique (Alemanha) fazia muito frio naquela manhã de sexta-feira, quando pus as mãos pela primeira vez na sétima geração do Audi A6. O computador de bordo marcava zero grau e já começava a nevar lá fora. Mas bastou apertar o botão que liga o motor no console central e pisar no acelerador para me esquecer que instantes atrás estava quase congelando à espera da chave para abrir o carro. Sim, o sedã é quente e promete aquecer a briga com os rivais BMW Série 5, Mercedes-Benz Classe E, Jaguar XF e companhia assim que chegar ao mercado brasileiro. Isso deverá ocorrer entre julho e agosto, por um preço em torno de R$ 270 mil.

No meio da fila de quatro carros reservados para o teste, antes de começar a viagem de mais de 80 quilômetros até o quartel-general da Audi, em Ingolstadt, deu tempo de observar alguns detalhes do interior que reforçam o apelo esportivo. Os principais instrumentos estão nitidamente voltados para o motorista e seus ponteiros descansam na vertical, como nos modelos de competição. O conta-giros tem marcação até 8.000 rpm e o velocímetro vai até 300 km/h. Seguindo essa linha esportiva, o volante de três raios abriga hastes para troca de marchas do câmbio S-tronic de sete veleocidades e a projeção das principais informações no para-brisa fazem você parecer um piloto de caça supersônico. O que também causou boa impressão foi o nível de acabamento, com algumas partes em madeira polida, como no sedã de luxo A8.
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Visual da traseira segue o estilo adotado nos demais modelos da marca alemã com lanternas delgadas com leds no lugar de lâmpadas
A fila foi andando até que chega a minha vez de pôr as rodas na estrada. Os seis cilindros se enchem rapidamente com ajuda do compressor volumétrico montado no meio do V6 de 304 cavalos. Os ponteiros vão ganhando altitude entre breves trancos nas trocas do câmbio de dupla embreagem. Mas quem se importa? Estamos num sedã com apelo esportivo e não em uma limusine de luxo. Com uma redução de 30 kg de peso na comparação com o A6 anterior, o carro ficou com relação peso-potência mais favorável (5,7 kg/cv), o que ajuda na hora de acelerar. Bastam 5,5 segundos para o ponteiro do velocímetro sair do 0 e atingir 100 km/h. Mais alguns instantes nas estradas sem limite de velocidade alemãs e chego a 180 km/h, em sétima marcha, com o motor girando a meros 2.750 rpm.

Aliás, força em baixa rotação faz parte de uma das características mais marcantes ao volante. O compressor é ligado à polia do virabrequim e funciona com 0,8 bar, pressão suficiente para manter uma boa dose de torque desde as primeiras marcações do conta-giros, com ajuda dos variadores de fase nos comandos de válvulas. Na Europa, o novo A6 virá com suspensão a ar, o que não estará dis-ponível no Brasil. Mesmo assim, estabilidade também continuará fazendo parte dos pontos fortes do carro, que conta com estrutura de alumínio moldado com grande diferença de temperatura (entre 1.000° C e 200° C), o que garante alta rigidez torcional com baixo peso. Além disso, a tração integral também ajuda a manter tudo sob controle nas curvas. Os freios dão conta do recado.
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Interior conta com tela escamoteável e sistema de navegação por satelite atualizado pelo Google e acabamento caprichado
Já próximo da área urbana, reduzo a velocidade ao entrar numa via secundária. Um pouco mais adiante aparece um pequeno congestionamento. O carro para e o motor desliga automaticamente. É o sistema stop-start em ação. Basta tirar o pé do pedal do freio e o V6 acorda novamente. Útil também para chegar à fabrica da Audi sem se perder foi o GPS, que ficou mais fácil de ser usado com o touchpad e recebe informações do Google Earth para se atualizar sobre o trânsito. No Brasil, essa ajuda da internet ainda vai levar um tempo para estar disponível, diz Gerald Pillekamp, da Audi. O que também não deverá ficar pronto logo no lançamento no mercado brasileiro é o acesso à internet. Apesar disso, o novo A6 não deixa de ser um executivo hi-tech.
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Acelere e o motor V6 sobrealimentado de 304 cavalos pode levá-lo de 0 a 100 km/h em apenas 5,5 segundos, diz a Audi



Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/

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