8 de abr. de 2011

Confira o teste do Captiva 2011 com novo motor 2.4

Com conjunto mecânico mais moderno, a sensação de dirigir melhorou. Visual e preço não mudaram
Glauco Lucena// Fotos: Guilber Hidaka
Guilber Hidaka
Captiva 2011: A lista de equipamentos foi ampliada e as duas opções de motores ganharam injeção direta. O preço inicial sugerido é R$ 90.299
A dupla coreana Hyundai ix35 e Kia Sportage chegou há poucos meses fazendo barulho e arrebatando muitos consumidores. A GM precisava urgentemente de uma reação para não ver seu crossover despencar em vendas. E a reação veio de forma rápida e eficiente. As duas opções de motor do Captiva 2011 ganharam injeção direta, o que resultou em mais agilidade e economia. A lista de equipamentos foi ampliada e os preços da linha 2010 foram mantidos (R$ 90.299 a 2.4 e R$ 96.774 a V6). Será que agora o Chevrolet mexicano embala em vendas?

Quem procura por desempenho certamente vai gostar das novidades, como mostra o teste da versão 2.4, que representa 70% das vendas. Não só pelo ganho de 14 cv em potência ou de 1,6 kgfm no torque (totalizando 185 cv e 23,8 kgfm) mas principalmente pelas duas marchas a mais no câmbio automático – agora são seis. O tempo de aceleração até 100 km/h caiu de 12,3 segundos para 11,4 s, e as retomadas ficaram mais rápidas. Os rivais coreanos ficam para trás, assim como o também mexicano Honda CR-V. Frieza dos números à parte, o que mais agrada são as trocas mais suaves, graças ao melhor escalonamento permitido pelas marchas extras. E isso vale também para as reduções.
Guilber Hidaka
Volta das antigas rodas cromadas é a única alteração visível. Bom mesmo é pisar e ver como ficou boa a relação entre injeção direta e câmbio de seis marchas.
O motorista pode trocar as marchas por uma tecla na manopla de câmbio, de uso pouco intuitivo. E ainda optar pela nova função “Eco”, que realiza as trocas em rotações mais baixas e permite economizar gasolina. O ganho de consumo foi notável, como mostram nossas medições: ele fez 7,3 km/l na cidade (antes, fazia 6 km/l) e 11,8 km/l na estrada (antes, 9 km/l).
Guilber Hidaka
Quadro de instrumentos ganha iluminação azulada. Freio de estacionamento elétrico abre espaço para porta-objetos
Visualmente, quase nada mudou. A roda cromada do início da importação voltou, a pedido de clientes. O couro dos bancos ficou mais escuro, e a luz do quadro de instrumentos, antes âmbar, agora é azulada. Outra boa-nova foi a adoção de freio de estacionamento elétrico, por um botão no console. A velha alavanca saiu de cena, abrindo espaço para um novo console com dois porta-copos e um porta-objetos. O rádio ganhou entrada USB.Já a versão V6 sofreu um downsizing. Era 3.6, foi para 3.0, mas ganhou potência (de 261 para 268 cv) e perdeu um pouco de torque (de 32,9 para 30,6 kgfm). Entre os equipamentos dessa versão topo de linha, a grande atração é a câmera para auxílio em manobras de ré. Sua única nova cor é a marrom que estreou no Malibu.
Guilber Hidaka
Entre os equipamentos incluidos na versão topo de linha, o destaque vai para a câmera para auxílio em manobras de ré
Se o Captiva não ganhou atrativos visuais para enfrentar os belos estreantes coreanos, pelo menos ficou bem melhor de rodar e agregou muito em termos de custo-benefício. Resumo da ópera: deve continuar perdendo clientes “emocionais” para os novos rivais, por conta do design e do fator novidade, mas tende a atrair muitos outros que colocam o aspecto racional em primeiro lugar.

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com

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