![Civic L 2010[3]](http://www.jalopnik.com.br/wp-content/uploads/2011/03/Civic-L-20103-e1299177891123.jpg)
Comprar um compacto completo ou um médio básico? Essa pergunta é um verdadeiro dilema para boa parte dos consumidores. Hoje quem busca um carro médio certamente está em busca de espaço e, principalmente, conforto. O problema é quando esta escolha acarreta a falta de alguns – ou melhor, vários – equipamentos.
Pergunta meio óbvia: faz sentido pagar mais de R$ 50 mil em um carro com rodas de aço, sem vidros elétricos traseiros ou one touch, computador de bordo, sistema de som, faróis de milha, freios ABS e ao menos 2 airbags? Não, né? Regulagem do volante em altura e profundidade, itens fundamentais para o prazer da condução, também estão cada vez mais raros.

No final do ano passado chegou às lojas o Fiat Bravo. Por R$ R$ 55.480 a versão Essence tem um bom pacote de equipamentos de série, mas por que deixar o essencial freio ABS de fora e oferece-lo como um opcional de R$ 795,00? Pelo menos ele não vem com rodas de aço com calotas como o Linea LX, que custa um pouco mais (R$ 55.900), ou como o Honda City DX, que custa o mesmo sem trazer sistema de som – ainda se houvesse a música de um motorzão nele…
O Chevrolet Vectra Expression custa R$ 58.727 e também traz rodas de aço com calotas, mas isso nem é o mais grave. Assustadoramente, freios ABS sequer estão entre os opcionais da versão pobre deste que já foi um dos mais desejados sedãs do mercado.

Entre as versões citadas até agora, apenas os Fiat tem faróis de milha. Não é um equipamento fundamental, mas faz diferença para quem viaja muito. No caso do Ford New Fiesta (que não é médio, mas é caro) a falta desse item afeta até o lado estético – ficam dois triângulos pretos vazios no para-choque. O Ford Focus GL (R$ 53.710) também não tem faróis de milha, mas sua maior gafe é outra: não ter vidros traseiros elétricos.

Não vá pensando que esse corte de equipamentos acontece apenas no Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa é possível encontrar versões bem simples de carros que por aqui são considerados de luxo. O nosso Volkswagen Golf, por exemplo, é exportado para a América do Norte bem “pelado” para ser o carro de entrada da Volks por lá. Itens comuns como ar-condicionado, vidros e travas elétricas e airbags duplo e de cortina são todos opcionais no preço básico de 18 mil dólares (cerca de 30 mil reais).
No Brasil, estes equipamentos são igualmente opcionais em nossa versão de entrada 1.6 (lá fora é no mínimo 2.0). O nacional traz rodas de aço, não tem maçanetas pintadas, e os faróis de neblina mandam lembranças também. Normal. O problema é que estamos falando de um carro de R$ 51.980…
Uma forma de escapar desse strip tease automotivo seria optar por carros de marcas menos tradicionais como Renault (Fluence), Peugeot (307 e 408) e Nissan (Sentra e Tiida), geralmente mais equipados que seus concorrentes. Mas há um porém: muito do que você economiza vai por ralo abaixo na hora da revenda. Como diziam os Mamonas Assassinas é uma “faca de dois legumes”.
A curto prazo, esse segmento do mercado deverá se reajustar, não só pelo crescimento coreano no segmento (que no caso do i30 já é predomínio), como também pela segunda leva de marcas chinesas que estão prestes a desembarcar no país. No setor de compactos premium, por exemplo, os primeiros comparativos entre o JAC J3 e a concorrência nacional já mostram que o custo-benefício chinês veio mesmo para ficar – e causar.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário