15 de mar. de 2011

Dez motivos para acharmos a cultura automotiva japonesa incrível

Os meios de transporte são levados a sério no Japão. Nada de satanização dos carros, nada de motoboys camicases, nada de ônibus caindo as pedaços, trens e aviões atrasados. Pelo contrário: auto-estradas com limite de 180 km/h, soluções inovadoras para o transporte individual e uma grande paixão pelos motores. Aqui estão dez elementos que fazem do Japão um paraíso para os loucos por carros – e que certamente continuarão firmes e fortes, mesmo após as tragédias.

Drifting


Tal como os Z-Boys descobriram o potencial do concreto californiano para revolucionar o skate, um grupo de jovens japoneses curtindo a vida a bordo de seus carros de tração traseira nas sinuosas estradas das montanhas do Japão acabou criando a cultura do drifting, a arte da derrapagem controlada. Com a explosão mundial da cultura pop japonesa, o drifting foi parar nas telas de Hollywood e nos games da Electronic Arts.

Kei-cars


Devido ao espaço limitado nas ilhas, as leis japonesas incentivam o uso de carros de até 3,5 metros de comprimento e motores de até 660 cm³ de cilindrada. A criatividade japonesa obviamente não se limitaria a fazer pequenos caixotes motorizados. Com isso, alguns kei cars como o Daihatsu Copen, o Honda Beat, o Suzuki Capuccino e o Autozam AZ-1, com seu motor central traseiro turbinado, chegaram a ponto de deixar nossos grandes “esportivos de adesivo” vermelhos de vergonha.

Tommy Kaira


Nascida com o nome Fábrica de Sonhos Tomita (Tomita Dream Factory), a Tommy Kaira leva a preparação de carros a níveis tão extremos que recebeu o status de construtora de automóveis, chegando inclusive a vender seus carros sob a marca própria. Ficou famosa mundialmente na série de games Gran Turismo, onde, como na vida real, seus carros superavam os modelos nos quais eram baseados.

Nissan Skyline GT-R


Nascido como um compacto médio nos anos 60, o primeiro Skyline mal chegava aos 140 km/h. Foi somente em 1969, quando ganhou o sobrenome GT-R que nasceu a lenda Skyline. Desde então foram cinco gerações de evolução que culminaram em um modelo próprio que, apesar de suas dimensões monstruosas e da ausência do nome, mantém a essência dos Skylines para os bons entendedores.

Aftermarket – mercado de peças de preparação e personalização


Esqueça as preparadoras europeias e o catálogo da Summit Racing. Aftermarket é com o Japão. Leis permissivas em relação às modificações somadas a lojas de peças e acessórios do tamanho de shopping centers – caso da UpGarage aí da foto –  divisões especiais de preparação dos próprios fabricantes, prateleiras de motores novos e de segunda mão e kits até mesmo para os inofensivos kei cars fazem do Japão o paraíso dos customizadores e preparadores.

Motos esportivas


A primeira vez que uma moto japonesa participou do mundial de MotoGP foi em 1960. A corredora em questão era uma Honda de 125cc. Já no ano seguinte elas foram campeãs das categorias de 50 cc, 125 cc e 250 cc. Em 1962 conquistaram também a categoria de 350 cc e, no primeiro ano em que competiram na 500 cc, chegaram em segundo lugar. Com exceção do campeonato de 2007, as motos japonesas faturaram todos os tíulos da categoria  500 cc realizados entre 1975 e 2010. Nas ruas, quatro nomes são suficientes para dizer tudo: Hayabusa, R1, Ninja e Blackbird. Mais do que vitórias nas pistas, elas praticamente criaram o conceito de moto racing, com estilo e agressividade que seriam mais tarde copiadas por outros fabricantes.

Variedade de culturas automotivas


JDM, kei cars, dekotoras, dori, touge, bosozoku são algumas subculturas automotivas populares no Japão. A variedade explica a impressionante oferta de peças e acessórios  - e o caráter meio bizarro de muita coisa. Isso confere uma identidade única aos petrolheads nipônicos, além de influenciar até mesmo os amantes de carros do outro lado do planeta.

Honda NSX


Além de ter sido o melhor Honda já produzido, foi desenvolvido na época do domínio da Honda na Fórmula 1 e atrelou sua imagem a um tal de Ayrton Senna. Andava junto às Ferraris e Porsches da época e foi a referência de comportamento dinâmico para Gordon Murray no desenvolvimento do McLaren F1, considerado por muitos o melhor carro já fabricado. Mesmo sendo produzido durante 15 anos sem grandes alterações, o NSX nunca perdeu o status de supercarro. Nem mesmo agora, quando sua volta começava a ser especulada.

Mitsubishi Lancer EVO


Criado para os ralis, o Lancer EVO sempre teve motores de dois litros turbo, tração integral e níveis sísmicos de potência. Durante dez gerações rivalizou nas ruas e nos ralis com o Subaru Impreza, conquistando um tetracampeonato de pilotos com Tommi Makinen e um único título de construtores em 1998. Infelizmente será assassinado pela Mitsubishi para ceder espaço a insossos carros elétricos e híbridos.

Subaru


A Subaru é uma marca diferente das outras. Não tem interesse em atingir a liderança de vendas de mercado algum, nem roubar compradores das outras marcas. Apenas oferece uma linha restrita, lucrativa e excelente em sua peculiaridade. A combinação da tração integral com os motores boxer sobrealimentados (itens que só interessam aos car lovers como nós) foi escolhida como a marca registrada desta divisão da gigante Fuji Heavy Industries. No WRC, a Subaru faturou o título de pilotos de 1995 com Colin McRae, 1997 com Richard Burns e 2003 com Petter Solberg, além do tricampeonato de construtores entre 95 e 97.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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