Alguns carros nunca alcançaram o sucesso merecido porque seus antecessores roubaram a cena. A Ferrari F50 é um excelente exemplo disso, muitas vezes esquecida entre a F40 e a Enzo. A lista a seguir mostra onze dos melhores carros que ficaram à sombra de seus antecessores.
Ferrari 360
Jeremy Clarkson comparou a Ferrari 355 com a maior iguaria culinária do mundo servida sobre uma Julia Roberts nua, o que na época deveria ser algo e tanto. Eu sei que ele acha a 360 é horrível, assim como muitos outros. A questão é que o estilo da 360 tem um propósito, que é o de andar rápido.
Audi S2 cupê
Alguns nem saberiam que este carro existiu se não fosse esta lista! Pudera, substituiu um dos mais famosos representantes do Grupo B, o Ur-Quattro. O motor do S2 cupê era baseado no 2.2 cinco cilindros do Quattro, com ainda mais potência. Mas não tem o mesmo apelo competitivo e brutalidade do Quattro. Ainda assim, o S2 alcança os 100 km/h em menos de seis segundos.
Toyota MR2
A segunda geração do MR2 tem um estilo que lembra o da Ferrari 355 em tamanho P, e ainda é uma escolha popular entre os fãs de carros com motor central. Muitos se esquecem da terceira geração do MR2 – vendido como MR-S no Japão – mais ágil e mais leve. O carro da terceira geração não tinha a mesma potência do seu antecessor, mas uma redução de quase 200 quilos no seu peso se traduzia em uma máquina para atacar curvas.
Pontiac GTO
O GTO baseado no Holden Monaro foi lançado em 2004, e dois anos depois já estava morto. Nunca pôde ser comparado com os GTOs anteriores, principalmente graças à nostalgia. Nem o motor do Corvette e o visual australiano puderam salvar o carro – versão cupê da primeira geração importada da Austrália do Omega.
Ford Mustang II
Quando o Mustang 64 foi lançado, logo se transformou em um sucesso. Todos os modelos seguintes impressionaram os fãs e continuam até hoje. Então chegou 1974 e o Mustang II, um modelo mais compacto, foi lançado. Parece um Del Rey fantasiado, mas o fato é que muita gente o comprou. Cerca de um milhão de Mustangs II foram vendidos em quatro anos de produção. Havia até a opção de um motor 2.3 que fazia cerca de 14 km/l na estrada! Viu só? Uma opção até para papais e mamães muquiranas!
Saab 9-3
O Saab 9-3 não tem o número de seguidores que o Saab 900 tem. O 900 foi fabricado durante 14 anos e se tornou um carro para quem gosta de dirigir. O Saab 9-3 no entanto, se tornou um carro de visual comum, e a impressão que fica é que o desempenho se foi. O que não é verdade! A suspensão melhorada do 9-3 permitia o mesmo grau de diversão que o 900 oferecia.
Mazda RX-8
O grau de “eu quero, me dá” do RX-7 FD é cerca de 10 vezes maior que o do RX-8. Mesmo assim, o RX-8 é um belíssimo carro, com portas suicidas para que seus filhos sem pernas possam lhe acompanhar enquanto você testa os limites do motor Wankel.
Porsche 911 996
O Porsche 993 é um verdadeiro sonho sobre rodas, e foi o último com motor refrigerado a ar. O 996 pôs um fim a uma era em que o motor superaquecia se você não andasse abaixo de 100 ou estivesse em um dia quente. Havia até versões para as pistas, GT3 e GT2, carros bastante desejáveis no começo da década. Mas seus conjuntos de faróis hoje parecem apenas uma manobra de transição para a volta dos olhos normais no 997.
BMW M3 E36
Devido aos fanboys, o M3 E30 é muitas vezes citado com o ápice sobre rodas. S14 aqui, leveza para lá. Tá bom, fica na sua. Todo esse papo sobre o E30 e esquecemos o quão incrível, e mais rápido, é o M3 E36. É como Karate Kid e O Grande Dragão Branco, a história é mais ou menos a mesma: rapaz quer aprender caratê e encontra um sensei japonês maluco. A diferença é que O Grande Dragão Branco é mais hardcore, rola mais sangue e até mortes! Mas todos só se lembram do Karate Kid, assim como todos lembram do M3 E30 ao invés do E36.
Vectra (2005)
A segunda geração do Vectra, lançada em 1996 no Brasil (apenas 5 meses depois da Europa), já é um marco de design bem-resolvido e atemporal. Seu sucessor a partir de 2001 trocou a harmonia pela modernização dos vincos – mas isso a gente só viu à distância já que, como vocês devem estar carecas de saber, o carro que veio para o mercado brasileiro a partir de 2005 foi na verdade o Astra europeu. O "novo" Vectra jamais ostentou o prestígio de seu antecessor, e hoje se contenta com o papel de alternativa custo-benefício frente às outras referências do setor.
Karmann Ghia TC
Ele tinha tudo para dar certo. Representava um investimento da Volks brasileira na substituição do Karmann Ghia KG, um clássico mundial. Tinha estilo moderno para a época, com um perfil fastback inspirado no Porsche 911. Mas dois problemas lhe deram apenas quatro anos de vida: desempenho fraco – típico dos VW refrigerados a ar, o que não era muito demérito na época – e um índice de corrosão e ferrugem que virou lenda popular. Hoje, a maioria do público leigo só se lembra da existência de seu antecessor.
Fonte:jalopnik
Disponível em:http://www.jalopnik.com.b
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