27 de jan. de 2011

Muscle car com paddle shifts: diversão ou heresia?



Muscle car. Nunca a união de duas palavras formou algo com um sentido tão forte. Não importa a marca, modelo ou sequer versão. Quando um deles aparece na história, a coisa muda de figura e fica muito mais divertida.
A tendência surgiu em meados dos anos 60. Muita gente diz que o primeiro deles foi o Pontiac GTO. Só pra lembrar, nos Estados Unidos marca de carro é como torcida de futebol. Existem os aficionados pelo Camaro, Mustang, Corvette, Dodge e por aí vai.
O que importa mesmo é que essas maravilhas feitas de aço e cheias de estilo eram equipadas por motores igualmente sensacionais, os big blocks, com sete litros e muita potência debaixo do pé direito. O calcanhar de Aquiles das máquinas poderia ser encontrado no sistema de freios ou mesmo na suspensão, mas diante do prazer dessas belezas, quem se importa?
Na época esses monstros do asfalto recebiam caixas de câmbio manuais de quatro velocidades ou automáticas de três. Nada mal, mas hoje temos inovações interessantes, como a que pode ser vista nos vídeos.

A idéia da Keisler Engineering é bem simples. Bom, mais ou menos. Eles trocam a caixa de câmbio antiga por uma versão moderna, de quatro ou cinco marchas. O sistema instalado repassa as informações para uma central eletrônica e esta, por sua vez, faz a reprogramação necessária. Um pequeno visor digital acima do volante monitora o funcionamento e indica a hora certa de fazer as trocas.
Assim como alguns veículos atuais, o motorista pode escolher a opção “High Performance Mode”, onde a troca é feita através dos paddle shifts no volante.
“Cruise Mode”. Nesse caso o modelo volta às origens e faz as trocas sozinha, de forma independente.
O carro utilizado no experimento é nada menos do que o mitológico Plymouth Barracuda 1971, um clássico totalmente modificado, com upgrade no motor, suspensão e freios, pronto para imprimir 500 cv brutos no asfalto. A oficina utilizou o mesmo bloco dos atuais SRT-8 no projeto.
Pesquisando sobre o tema encontrei versões do sistema de outras marcas. Um deles, inclusive, permite a regulagem das trocas para rotações mais altas, como a tecla “Sport” de alguns modelos.
A transmissão automática sequencial certamente aumenta o conforto e facilita a condução, mas elimina o desafio do câmbio na mão e o pé na embreagem na hora de devorar uma estrada com apetite. E numa situação como essa aqui, em Laguna Seca, o que você iria preferir?

Fonte: .jalopnik
Disponível em:http://www.jalopnik.com.br

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