21 de jan. de 2011

Em 2011, novos pneus e muitas cores Por Rafael Lopes


Pneus Pirelli nos testes privados no circuito da Yas Marina, em Abu Dhabi
Nova fornecedora de pneus da Fórmula 1, a Pirelli quer estabelecer uma novidade para identificar os tipos de pneus na temporada 2011. Em vez das listras verdes usadas pela Bridgestone nos compostos mais macios de cada corrida até 2010, a fabricante italiana pensa em pintar os logos “Pirelli” e “PZero”, colocados nas laterais, de cores diferentes, de acordo com o tipo do pneu. Seria um critério fixo, de acordo com a lista abaixo:
Supermacios: vermelho
Macios: branco
Médios: azul
Duros: amarelo
Intermediários: vermelho
Chuva forte: amarelo
Para mim, a ideia é péssima. Essa proposta da Pirelli só servirá para confundir a cabeça dos torcedores que estiverem assistindo às corridas, principalmente os menos acostumadas. Se o novo critério de cores ajudará a saber quais os compostos usados em cada GP, será mais complicado diferenciar os pneus, ainda mais nas câmeras onboard das transmissões de TV. Outro ponto: ver os logotipos em velocidade e diferenciar as cores será uma tarefa bem complicada, principalmente para o público nas arquibancadas dos circuitos.
Pneus Pirelli nos testes privados no circuito da Yas Marina, em Abu Dhabi
Como bem disse Mike Vlcek em seu ótimo blog Formula UK, as razões para a Pirelli sugerir a adoção deste critério são os custos. Quando eu trabalhei como mecânico da Virgin em Interlagos, acompanhei um pouco do processo realizado pela Bridgestone para diferenciar os pneus. As faixas verdes nos compostos mais macios do fim de semana eram pintadas no próprio autódromo, pelos funcionários da marca japonesa. Eles vinham no carregamento de carga diferenciados apenas por selos. Apesar de eficiente, era algo bem demorado.
Com a criação de uma matriz para a marcação dos pneus, a Pirelli gastará um pouco mais a curto prazo, mas economizará muito a longo prazo. A fábrica italiana, que planeja a construção de 50 mil unidades para a Fórmula 1 neste ano, precisaria fazer menos tarefas nos autódromos. Além disso, ela poderá produzir em larga escala de forma mais simples, o que reduzirá de forma sensível os custos da fabricante.
A ideia da Pirelli ainda deverá ser apresentada às equipes e à FOM, empresa de Bernie Ecclestone, dona dos direitos comerciais da Fórmula 1 e que cuida das transmissões de TV. Mas não acredito que ela seja reprovada, ainda mais pela verba que a fabricante italiana está gastando em seu retorno à maior categoria do automobilismo. Por isso, preparem-se para decorar a lista acima… Deverá render dores de cabeça em 2011.

Fonte: Voando baixo
Disponível em:http://globoesporte.globo.com/voandobaixo

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