28 de nov. de 2013

Você nunca viu um Bianco S tão original quanto este que encontramos à venda

Unknown-3
Os anos 1970 foram um período fértil para os fabricantes de esportivos fora-de-série brasileiros. Além da consolidação da Puma, vimos o surgimento de várias outras marcas que acabaram se tornando relativamente populares, como a Santa Matilde e a Miura.
Foi nessa época também que surgiu o Bianco S, esse esportivo elegante que você vê nas fotos — e está à venda.
A história do modelo começou no Salão do Automóvel de 1976, onde foi apresentado como um conceito inspirado no Fúria, um modelo de corridas construído por Tony Bianco, um italiano radicado no Brasil, que usou várias motorizações, indo do 2.5 do Chevrolet Opala ao V12 do Lamborghini Miura. Ali mesmo, no Salão de 76, Bianco conseguiu reunir 150 pessoas interessadas em comprar o carro, suficiente para iniciar uma pequena produção em série.
O Bianco S seguia a receita de dezenas de esportivos de garagem da época: carroceria de fibra sobre chassi Volkswagen com o motor boxer a ar, aqui com 65 cv e carburação dupla, como na Brasilia, e diferencial alongado de SP2. A maior diferença do Bianco, contudo, é o estilo curvilíneo e harmônico da carroceria, algo não muito comum nos fora-de-série nacionais. Dê só uma olhada nesse para-brisa de protótipo de Le Mans…
Unknown-9
… e nessa traseira de supercarro italiano:
Unknown-4
Tal como os Puma GT, encontrar um Bianco S não é tarefa difícil. O problema é que quase sempre eles estão com a carroceria modificada, e interior desfigurado. Mesmo os mais conservados, ainda têm um ou outro detalhe fora das especificações originais ou algum tipo de adaptação.
É isso que torna este Bianco S das fotos especial. Nunca havíamos visto um exemplar tão bem conservado e com características originais como este. Dos emblemas originais no painel e na carroceria, às rodas, passando pelo padrão dos bancos, lanternas traseiras e instrumentos do painel com a marca Bianco.
 
 
Segundo o anúncio da loja gaúcha Pastore Car Collection, o que explica a condição impecável é a baixa quilometragem: apenas 18.800 km rodados desde 1977, quando ele foi entregue ao primeiro proprietário.
Considerando que até os Bianco S mais judiados costumam custar bem caro, essa beleza e esse cuidado todo tem um preço ainda mais salgado: R$ 55.000. É muito? Como sempre, depende do que você espera. Para quem valoriza a história dos esportivos nacionais, o design elegante trabalhado à mão pelo ítalo-brasileiro e não se importa muito com o desempenho modesto, talvez essa seja a última chance de comprar um Bianco S em bom estado em um preço ainda realista. O que vocês acham?
Unknown-2
[Pastore Car Collection]

Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):

Nenhum comentário: