28 de nov. de 2013

Aceleramos dois Jaguar E-Type no novo vídeo do TV Jalopnik!


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Como vocês sabem, a Jaguar retornou ao espírito da década de 1960 com o novo F-Type, após meio século sem roadsters de produção. Nós já aceleramos o F-Type, que chegou há pouco ao Brasil por a partir de R$ 420 mil, no autódromo e nas estradas serranas de Navarra, na Espanha.
Faltava descobrir como seria o sabor da essência original, a árvore de onde a maçã caiu. Faltava a sensação de acelerar um dos carros mais incríveis da história: o Jaguar E-Type. Não falta mais.

Como se um não fosse o suficiente, tive a oportunidade de acelerar dois E-Type: o plano era andarmos apenas em um roadster Series II de 1969 (foram três séries, ou gerações, entre 1961 e 1974), mas o coupé Series I 1967 se mostrou irresistível – e pudemos dar uma palinha nele. Sendo clássicos de algumas centenas de milhares de reais (o valor médio de um E-Type roadster está na casa dos R$ 400 mil no Brasil), não espere por tão nada radical como o que fizemos com o Audi R8 na série especial de largadas – mas quem disse que não nos divertimos muito e que o seis-cilindros não berrou? Veja aí e nos diga!

Suspensão independente nos quatro cantos, peso perfeitamente distribuído, freios traseiros in board para redução de massa não-suspensa, carroceria aerodinâmica, alavanca de câmbio a um palmo do volante… mesmo confinado na apertada cabine e sem espaço para esticar os músculos do seis-cilindros derivado do XK150, queria que aquele dia não terminasse nunca.
Se o E-Type já causa o que causa em que o vê passar, quem está lá dentro experimenta um tipo de sofisticação dinâmica que você só encontra em carros da época muito mais caros. Este Jag não foi feito pra ficar na cristaleira: é um automóvel para ser curtido. E muito. Afinal, é descendente direto de dois baita carros de corrida: o C-Type e o D-Type, todos frutos do designer Malcolm Sayer.
Isso sem falar na degustação sensorial – um banquete, na verdade: o tato do volante de madeira Motolita, a visão do infinito capô, o perfume do couro perfumado pela combustão, a sensação de sentir as acelerações laterais quase na ponta traseira do automóvel, os engates sólidos do câmbio, o peso na medida da direção sem assistência. É um carro para viajar, para botar na pista, para fazer tudo o que se relaciona ao prazer dentro de um automóvel. Bem, considerando o tamanho da cabine, quase tudo.
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Quando falamos em Jaguar E-Type, falamos basicamente de três gerações e três animais bastante distintos. No vídeo, está ausente o Series III, conhecido por ser mais corpulento (ele usava a mesma base de entre-eixos alongado da versão 2+2, dispensando a base mais curta do coupé), mais confortável e dócil e, claro, pelo seu torcudo motor V12 de 276 cv. Mas nós, que não nos incomodamos em passar um pouco mais de calor e de aperto em troca de uma experiência bem mais pura, ficamos com o Series I – como o roadster aí em cima. Fully loaded.

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