28 de out. de 2013

F-1:Newey elogia Vettel: “É difícil identificar uma brecha em sua armadura”

Diretor técnico da Red Bull diz que não há mais como criticar o piloto alemão pelos erros cometidos no início da carreira

Vettel e Newey no pódio em Buddh (Foto: Clive Mason/Getty Images)Vettel e Newey no pódio em Buddh (Foto: Clive Mason/Getty Images)

O tetracampeonato proporcionou um raro status a Sebastian Vettel. De um talento promissor e instável no início de carreira, o germânico atingiu um nível de excelência espantoso em 2013, com 36 vitórias obtidas em 117 GPs – um incrível aproveitamento de um triunfo a cada 3,3 etapas que disputou.

Com base em tal desenvolvimento, o diretor técnico da Red Bull, Adrian Newey, diz enxergar poucas fraquezas na pilotagem do alemão. Ele acredita que, com o quarto título, não há mais como criticar Vettel como em 2009 e 2010, quando o jovem ainda apresentava “muito talento, mas às vezes um pouco cru”.
“Ocasionalmente, você poderia criticá-lo em 2009 e 2010 por realizar manobras mal planejadas e, como resultado, sofrer acidentes”, disse Newey, que ajudou a Red Bull a garantir quatro títulos de construtores na atual década. “E possivelmente você poderia criticá-lo por não ser capaz de ultrapassar, já que muitos achavam que, se não partisse da pole e controlasse a corrida, ele não era tão bom. Mas acho que essas críticas realmente não podem mais ser feitas. É difícil ver uma brecha em sua armadura.”

Além do virtuosismo no volante, Newey explica que Vettel se destaca pelo ótimo feedback fora do carro. E sobre tal quesito, Newey, que já trabalhou com Ayrton Senna, Mika Hakkinen, Nigel Mansell e Kimi Raikkonen, tem propriedade para falar.
“Muitos já me pediram para comparar os pilotos com quem tive sorte de trabalhar e é totalmente injusto para mim compará-los. A única coisa que eles compartilham é a capacidade de pilotar e processar ao mesmo tempo. Eles também têm uma sensibilidade enorme após saírem do carro”, explicou o projetista.
“Quer dizer, eles são capazes de pilotar e, ao mesmo tempo, estudar e planejar o que farão no próximo GP. Então eles saem do carro em seguida e continuam aprendendo e analisando o que ocorreu na corrida. Você vê nisso em Sebastian o tempo inteiro. Você tem a impressão que, toda vez em que ele entra no carro, ele chega com mais conhecimento do que na última ocasião”, concluiu.
Com a conquista da Red Bull no domingo, Newey se tornou o projetista com maior número de títulos na F1. O inglês passou Patrick Head e possui dez taças do Mundial de Construtores no currículo: 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 1998, 2010, 2011, 2012 e 2013.

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