18 de jul. de 2013

Teste: Honda Forza 300 - O próximo passo

 Fotos: Divulgação

Teste: Honda Forza 300 - O próximo passo


O segmento de duas rodas da Europa é basicamente restrito a scooters de pequeno/médio porte e motocicletas de alta cilindrada. O problema é que o segundo grupo foi, entre tantos outros, gravemente afetado pela crise financeira que atinge o continente.
Portanto, para conseguir manter o negócio em alta, uma das saídas para as fabricantes foi apostar ainda mais alto nas scooters, mais baratas e práticas que as motos maiores. A Honda, por exemplo, tem duas abordagens bem diferentes entre seus modelos de 300 cc. Tem a SH300i, com uma proposta mais clássica e agora a renovada Forza 300, com projeto moderno. A nova scooter, por sinal, bebe da mesma fonte da PCX. Ou seja, desenho moderno e aerodinâmico, muito espaço para objetos e alta tecnologia embarcada.

A proximidade de projeto e estética da PCX e Forza pode indicar até uma eventual venda do modelo de 300 cc no Brasil. Oferecer ela por aqui seria inclusive uma saída óbvia, já que a Honda brasileira tem focado bastante no segmento de scooters recentemente. Se isso se confirmar, seria a primeira investida da Honda no segmento de scooters de média cilindrada por aqui e um passo natural para quem precisa de um modelo com um pouco mais de força a oferecer.



Ainda desconhecida do Brasil, a Forza já está em sua terceira geração. Esta última fase apareceu no Salão de Milão de 2012, que aconteceu em novembro. O grande novidade é o aumento do propulsor. Saiu de 249 para 279 cc. O acrésimo de 30 cilindradas, aliado a novas tecnologias – como as quatro válvulas por cilindro –, permitiu um aumento de força na ordem de 30% em relação ao modelo anterior. São 25,8 cv a 8.250 rpm e 2,62 kgfm a 6 mil giros. A título de comparação, é praticamente o dobro dos valores entregues pela PCX 150 à venda no Brasil. A economia é outro ponto forte da Forza 300. A Honda garante que a scooter consegue fazer expressivos 31,2 km/l.

O maior “ânimo” do conjunto mecânico permite que a Forza tenha uma aplicação mais abrangente em relação à PCX. Chega a velocidades maiores, desejável em auto-estradas e vias expressas, e consegue se dar melhor quando carrega duas pessoas. Há até um grande porta-objetos sob o banco que pode abrigar dois capacetes. Na frente, abaixo do guidão, ainda aparecem mais dois pequenos compartimentos e uma tomada 12V.

Na Europa, a Forza 300 custa 5.100 euros, equivalente a R$ 15 mil. Se realmente chegar aqui, ela vai ter como principal rival a Dafra Citycom 300i, que custa R$ 14.190. O modelo da Honda deve ser mais caro, com preço rodeando os R$ 16 mil. O dobro do valor da PCX 150.



Primeiras impressões

Universo em expansão

Roma/Itália – À primeira vista, a Forza 300 parece um pouco grande demais. Dá a impressão que vai ser desajeitada no trânsito das grandes cidades e que o banco baixo não vai fornecer boa dose de conforto. Isso tudo muda já no primeiro contato com a scooter. O assento é extremamente confortável, com ótimo apoio e ergonomia e antes mesmo de partir fica claro o excelente isolamento aerodinâmico. Ainda parado, chama a atenção a quantidade e tamanho dos porta-objetos da Forza.

Em movimento, as qualidades da scooter ficam ainda mais claras. O equilíbrio geral é notável, assim como a assistência eletrônica dos freios que confere confiança às frenagens. Em vias expressas, a Forza se destaca. Percorre quilômetros com desenvoltura e sem cansar o piloto – ponto mais uma vez para o para-brisa e o escudo frontal. Em curvas mais fechadas, o modelo fica menos à vontade por causa de seu porte avantajado. Nada que comprometa drasticamente o comportamento.

O motor de 279 cc é extremamente adequado à proposta da Forza 300. Ele ganha giros rapidamente e com surpreendente suavidade. O acréscimo de força em relação à geração anterior é óbvio, mas a evolução mais impressionante é a ausência total de vibração e ruído mesmo em rotações altas. Há também uma sobra de potência, suficiente para ultrapassagens nas cidades. Em rodovias, foi possível manter a Forza 300 próxima aos 130 km/h sem forçar muito o motor. Tudo feito com consumo de combustível ínfimo. Durante os mais de 150 km de teste, a agulha do mostrador mal se moveu.


Ficha técnica

Honda Forza 300

Motor: A gasolina, quatro tempos, 279 cm³, monocilíndrico, quatro válvulas, comando simples no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
Câmbio: Automático do tipo CVT – transmissão continuamente variável – através de correia.
Potência máxima: 25,8 cv a 8.250 rpm.
Torque máximo: 2,62 kgfm a 6 mil rpm.
Diâmetro e curso: 72,0 mm X 68,5 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira com garfo telescópico. Traseira dupla amortecida.
Pneus: 120/70 R14 na frente e 140/70 R13 atrás.
Freios: Com disco de 256 mm na dianteira e de 240 mm na traseira.
Dimensões: 2,16 metros de comprimento total, 75 cm de largura, 1,54 m de distância entre-eixos, 71 cm de altura do assento e 14 cm de altura para o solo.
Peso: 192 kg.
Tanque do combustível: 11,6 litros.
Produção: Gurgaon, Índia.
Preço: 5.100 euros, equivalente a R$ 15 mil.







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2 comentários:

Rafael Porto Pires disse...

Ate hoje não houve nenhuma informação concreta sobre a chegada desta moto ao Brasil?

Rafael Porto Pires disse...

Não existe nenhuma informação concreta sobre a vinda desta moto para o Brasil não?