12 de jul. de 2013

Este Audi 80 Quattro é um carro de rali disfarçado


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Como você deve saber, o nosso Volkswagen Santana é uma variação da segunda geração do Passat, que dividiu plataforma com o Audi 80 da mesma época — algo que dá para notar facilmente pela área envidraçada e pelo arco dos paralamas. Mas você já pensou em transformar um Santana em um carro de rali disfarçado? Foi mais ou menos isso o que fizeram com este Audi 80 Quattro, apresentado no Speedhunters (sempre eles!)

É claro que a tração integral é, no mínimo, um incentivo a mais para uma transformação como esta — ainda mais sabendo que além do visual matador, este Audi 80 1984 foi preparado ao extremo para se tornar um verdadeiro monstro. Acompanhe com a gente.
Por fora, a sempre eficiente combinação de para-lamas alargados (nada de massa, tudo metal) e rodas OZ Racing brancas com letras vermelhas. O perfil de Santana (ou o contrário, porque o Passat B2/Santana foi lançado em 1981 e o Audi 80, em 1978) é complementado perfeitamente pelos para-choques envolventes, faróis quádruplos e, na traseira, um discreto aerofólio e saída de escapamento dupla, no meio do para-choque.
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“Ficou bem legal mesmo, mas e o recheio?” você pergunta. Então, segure-se: debaixo do capô está um cinco-cilindros em linha de 2,5 litros saído direto de uma van Transporter T4. Você já deve ter visto uma delas por aqui, mas com o nome de Eurovan/Caravelle. Originalmente, o motor aspirado rende 110 cv — mais do que suficientes para mover uma van de trabalho, mas insignificantes para um carro como este Audi 80.
Por isso o motor foi todo refeito usando peças do catálogo da 034 Motorsport e alguns componentes, como o coletor de admissão, vindos direto do Audi RS2. Com a ajuda de uma turbina Precision 62/65 da Hansen Motorsports entregando 2,3 BAR de pressão, o conjunto todo rende 770 cv — sete vezes mais do que a potência original — e 86,7 mkgf de torque (!!!).
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Tentamos evitar ao máximo usar clichês, mas este é inevitável: potência não é nada sem controle. Felizmente, tudo o mais neste carro foi escolhido de forma a controlar da melhor maneira possível os 770 cv do motor. E isto inclui a transmissão manual de seis marchas do Audi S4, freios do Audi RS2, diferencial traseiro do Audi S2 cupê e suspensão retrabalhada seguindo as especificações dos Audi rali do Grupo B.
O interior segue a típica escola alemã — todo orientado para competição, com gaiola de proteção de 16 pontos, bancos de corrida e alívio de peso, mas um visual ligeiramente “civil”, com um painel de verdade e forrações pretas. A capa do painel veio do Audi A3 e recebeu um acabamento flocado que combinou perfeitamente com a proposta do carro.
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Fazer algo deste tipo com um Santana no Brasil é bem mais complicado — o Quantum Syncro, vendido nos EUA, até recebeu a tração Quattro da Audi, mas toda a estrutura da base do carro era diferente para acomodar a nova mecânica. Você vai precisar picotar algumas partes do carro e dar um jeito de encontrar as peças da Audi.
Mas “complicado” não quer dizer “impossível” — diga se, a partir de agora, você não vai olhar para aquele Santanão de um jeito diferente?
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