4 de jun. de 2013

Os combustíveis alternativos que não deram certo


combustiveis alternativos (1)

Todo mundo sabe que qualquer outra coisa que não seja gasolina é o combustível do futuro. O petróleo não vai durar para sempre, não importa o quanto nossos motores fiquem econômicos, e apesar do relativo sucesso dos carros da Tesla, eles estão longe de serem comuns. Mas será que ninguém tentou outra coisa? Sim, tentaram. Há muito, muito tempo atrás.

Quando a indústria automotiva mundial era mais parecida com o Velho Oeste, sem as gigantes tentando conquistar o dinheiro das famílias, muitos inventores tentavam de tudo para passar a perna nos vários concorrentes. Na maioria das vezes as armas eram mais potência ou conforto, mas de vez em quando alguém apostava na ideia de usar algo além de gasolina para mover seu carro. E, claro, nem sempre dava certo.

Ideia nº1: esporos de licopódio

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A imagem acima mostra o que é considerado o primeiro motor a combustão interna do mundo, o Pyréolophore. Criado por Nicéphore Niépce, que mais tarde inventaria a fotografia, o motor queimava esporos secos de Licopódio, um tipo de samambaia. Eles fazem um grande facho de luz quando são queimados, e é por isso que são usados em truques de mágica hoje em dia.
Por que não deu certo? Muita luz, pouca força. Era difícil extrair potência daquele motor.

Ideia nº 2: hidrogênio gasoso

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O De Rivaz foi concorrente do Pyréolophore. Foi inventado em 1804 e colocado em um pequeno conceito parecido com um carro em 1807. O hidrogênio era misturado com oxigênio em uma câmara de combustão para criar uma pequena explosão que movia um pistão, de forma bem parecida com a dos motores a gasolina modernos.
Por que não deu certo? O desastre de dirigível Hindenburg fornece toda a evidência. Apesar de sua destruição ser atribuída atualmente a sua pele inflamável, o hidrogênio tem certa tendência a explodir e, diferente dos carros a hidrogênios experimentais que temos hoje, onde o elemento é resfriado e comprimido, o hidrogênio em si não é exatamente manipulável em sua forma gasosa.

Ideia nº 3: vapor

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O Stanley Steamer era na verdade uma boa ideia. Já tivemos trens a vapor, e eles funcionavam bem, então por que não um carro? O Stanley Steamer era bem potente também, e um deles até atingiu 204 km/h em uma milha em 1906 — um recorde.

Por que não deu certo? Agora você só vira a chave e sai. Para fazer um carro a vapor funcionar, você precisava ir para fora, no frio e na chuva, se odiando por ter comprado um carro a vapor, brigar com o isqueiro para tentar acender a caldeira esquecendo que ainda não tinha colocado água nela ainda, chorar, colocar a água, esperar meia hora até conseguir vapor e então finalmente ir ao mercado comprar leite. Pelo menos você iria chegar lá rapidinho.

Ideia nº 4: bolsa de gás


Porque deixar o combustível em um tanque resistente e seguro se você pode guardá-lo em forma de vapor em uma bolsa acima da sua cabeça? GENIAL! O combustível usado não era hidrogênio inflamável, mas metano inflamável. Melhor ainda.
Por que não deu certo? Acho que não precisamos examinar as queimaduras de terceiro grau para explicar esta aqui, precisamos?

Ideia nº 5: energia nuclear

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Já falamos do Ford Nucleon antes, mas não dava para deixá-lo de fora. Um reator nuclear na traseira seria usado para mover um gerador de vapor que levaria força para as rodas, e depois de um passeio você provavelmente sairia do carro com um saudável brilho verde. E um terceiro braço. Mas não se preocupe.
Por que não deu certo? Imagine uma colisão de traseira com um desses. Claro, o acidente seria horrível, mas a região toda seria afetada por anos e anos.

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