27 de jun. de 2013

O novo Mercedes-Benz Classe E está chegando ao Brasil. Relembre sua trajetória


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O novo Mercedes-Benz Classe E está chegando ao Brasil e será nossa próxima avaliação. Como aquecimento para a novidade, vamos relembrar a história da Classe E, de sua origem pós-Guerra aos atuais sedãs de luxo devoradores de asfalto.

Embora a atual nomenclatura tenha sido adotada apenas no começo dos anos noventa, a linhagem da Classe E começou antes mesmo da Segunda Guerra com o 170V, e tornou-se o modelo de entrada e o principal produto da marca até o surgimento da Classe C em 1982. Em seus 80 anos de carreira os modelos da Classe E ficaram famosos por sua construção sólida e mecânica robusta e confiável — o que também garantiu seu sucesso como táxi no Velho Mundo — ao mesmo tempo em que introduziam inovações tecnológicas. Veja a seguir como eles conseguiram essa imagem ao longo dos anos.

W120 — 1953 a 1962

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Foi o principal modelo da Mercedes durante os anos cinquenta: em nove anos de produção foram feitos quase meio milhão de unidades e junto com o sedã 220 respondiam por 80% do volume de vendas da marca entre 1953 e 1959. Com o W120 a Mercedes voltou às suas inovações tecnológicas: foi o primeiro modelo da marca construído em monobloco, adotando o conceito de plataforma, e seus para-lamas integrados à carroceria romperam o padrão estético da época (pense no Fusca), o que afugentou alguns clientes mais conservadores. É dessa geração também que deriva o clássico roadster 190SL.

W110 — 1961 a 1968

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Conhecidos como Fintail devido às tímidas barbatanas que imitavam os carros americanos da época, esta foi a primeira geração da Classe E a ser equipada com motores de seis cilindros — um 2.3 de 105 cv — e também os primeiros modelos a serem submetidos a testes de impacto para aprimorar a segurança dos passageiros.

W114/W115 — 1968 a 1976

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Nesta quarta geração a oferta de motores de seis cilindros foi ampliada para três opções (230, 250 e 280) e marcou o início da segmentação que daria origem à Classe C quinze anos mais tarde: os modelos de seis cilindros eram identificados pelo código W114, enquanto a versão de entrada, com motores de quatro cilindros (200, 220, 230 e 240) eram codificados como W115.  A segmentação tornou o carro extremamente popular, sendo o primeiro Mercedes a ultrapassar o milhão de unidades produzidas. Foi nesta geração que a Mercedes estreou a injeção eletrônica e o console central.

W123 — 1976 a 1985

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Foi a geração mais popular da história da Classe E, ultrapassando a marca de 2 milhões de unidades. As novidades tecnológicas da vez foram o ABS, a coluna de direção retrátil e airbag para motorista, e todas as versões tinham freios a disco com assistência hidráulica. Nesta geração também apareceu a primeira perua fabricada pela Mercedes, identificada pela letra T ao final do nome. As opções de motores eram extremamente robustas e confiáveis, e eles tornaram-se muito populares entre os taxistas europeus. Um deles, o grego Gregorios Sachinidis, rodou 4,6 milhões de km com seu 240D antes de aposentá-lo.

W124 — 1985 a 1996

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A Classe E começa a ser o carro que conhecemos hoje, equilibrando esportividade, luxo e tecnologia. Entram em cena os motores V8, e a versão conversível. O destaque fica para o super-sedã 500E, construído pela Porsche na mesma fábrica de onde saiu o lendário 959. Já nos anos noventa, com a AMG integrada à casa, surgem as primeiras versões E36 AMG e 300E 3.4 AMG. Apesar do visual com linhas retas, seu coeficiente aerodinâmico é um dos mais baixos de todos os tempos: 0,28 — o mesmo do atual Classe B.

W210 — 1995 a 2003

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O W210 inaugurou a “nova cara” da Mercedes, com seus faróis circulares duplos, que influenciaram o Classe C W203 e o Classe S W220. Nesta geração o Classe E foi separado de suas versões cupê e conversível tanto no nome quanto na plataforma: o CLK adotou a linguagem visual do sedã, mas era baseado no Classe C W202. Pela primeira vez o Classe E ganha versões desenvolvidas pela AMG (as anteriores eram apenas modificações) e também deixa de usar os tradicionais seis-em-linha em favor de uma nova família de motores V6.

W211 — 2002 a 2009

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A Mercedes mexeu pouco no time que estava ganhando, e esta geração da Classe E foi marcada pela modernização do design e pelas novas tecnologias como o câmbio automático de sete marchas (7G-Tronic) e mais potência para as versões AMG, que passaram a usar um V8 de 5,4 litros sobrealimentado de 474 cv e 71,2 mkgf na primeira delas, a E55 AMG e um V8 6.2 de 514 cv e 64,1 mkgf. Estas versões AMG tiraram o BMW M5 o título de sedã mais veloz do planeta pela primeira vez.

W212 — desde 2009

E-Klasse Coupé
A Mercedes decidiu ousar no visual e resgatou a curva saliente do para-lamas traseiro da primeira geração da Classe E e substituiu os círculos por polígonos no conjunto óptico, algo que dividiu a opinião dos fãs. Pela primeira vez a Classe E tem motores com injeção direta de combustível, turbocompressores e tração integral. As versões cupê e cabriolet estão de volta e a Classe CLK deixa de existir. Com menos de três anos de vida o modelo passou por um facelift (que está chegando ao Brasil) no qual os faróis deixam de ser duplos depois de quase duas décadas e voltam à ser uma peça única com um arranjo bacana de refletores.
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