21 de jun. de 2013

Este Ford Maverick com alma de GT40 roubou os nossos corações – e está à venda!


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E se a Shelby ainda estivesse participando das provas norte-americanas de turismo na década de 1970? E se a Gulf Oil, inspirada pela parceria com a equipe de John Wyer (o famoso GT40 azul e laranja), decidisse apoiar a empreitada? E se alguém decidisse fazer um carro inspirado nesta história fictícia? E se este carro estivesse à venda? SHUT UP AND TAKE MY MONEY!


A ideia veio de um entusiasta de Bathpage, Nova York. O que mais nos chama a atenção na pintura deste carro é como ela costurou tão bem duas culturas diferentes do automobilismo: os grafismos, como os números nas portas e os letreiros da Shelby Racing (nos para-lamas dianteiros) e de uma concessionária de Long Island (nos traseiros), são totalmente Trans-Am – bem como a pintura saia-e-blusa.
E aí você tem o clássico tema da Gulf Oil – a cor azul calcinha, arrematada por uma faixa longitudinal laranja -, conversando tão bem com tudo isso que faz este Maverick parecer uma réplica de um carro de corridas que realmente existiu.
Aviso: pegue o babador antes de assistir ao vídeo abaixo. O motor é ligado aos 4:30 – e antes disso, o dono mostra o carro sob todos os ângulos.

Quer saber de uma coisa insanamente bacana? Este carro está legalizado para circular nas ruas.
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Detalhe sutil: os para-lamas dianteiros foram alargados em uma polegada, para vestir bem os pneus Dunlop 265/50 R15 e as respectivas rodas Torq Thrust D 15×8. Gostamos dos miolos pintados de laranja: remetem diretamente ao GT40 John Wyer, mas também nos lembra os carros de turismo brasileiros da Divisão 3.
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Este Maverick usa um motor 289 – basicamente um 302 de curso reduzido – com preparação de alta qualidade. As tampas de válvulas simplórias escondem cabeçotes de alumínio AFR 1402. No centro do bloco, há um comando de válvulas Comp Cams Magnum 31-335, com 248º de duração (a 0,050″ de levante) e 0,560″ de levante máximo, com faixa útil estimada entre 2.500 e 6.500 rpm. Corte de giro? Próximo aos 7.000 rpm!
Observe também os reforços estruturais que ligam as torres e a parede corta-fogo. Gostei muito da caixa de admissão do filtro de ar. Vou mandar fazer uma parecida para o Dart Games!
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O carro é todo de lata – o que não é um grande problema, considerando o fato de o Maverick pesar em torno de 1.350 kg. Para melhorar a distribuição de peso, o capô foi todo aliviado, resultando nesta textura de queijo suíço. Gostamos dos respiros: discretos, funcionais e com um toque old school.
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Por outro lado, não somos fãs das lanternas de Mercury Cougar encaixadas no Maverick. Parecem olhos esbugalhados. É só um detalhe, dá pra mexer só naquele painel e botar as originais de volta.
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Detalhe do spoiler traseiro ajustável em altura. Nesta foto também podemos ver os delicados pinstripings que separam as cores contrastantes: trabalho de primeira classe!
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Dutos do tipo NACA foram instalados nas janelas traseiras de policarbonato, para levar ar frio aos freios traseiros.
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A suspensão traseira foi modificada com um sistema de estabilização transversal chamado Watts Link, uma versão mais complexa e sofisticada da barra Panhard. Na suspensão dianteira, as bandejas foram reforçadas e as superiores foram relocadas (o famoso Shelby Drop) para alterar a curva de cambagem, deixando o carro mais estável. A frente também ganhou barra estabilizadora mais grossa, com 1,06″ de diâmetro. O monobloco foi reforçado com subframe connectors e gaiola de seis pontos.
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All business dentro do escritório. Olha que bacana o copiador instalado no trambulador do câmbio – ele deixa a alavanca mais próxima do piloto, algo útil nestes carros de engates mais longos. O câmbio original deste Maverick deu lugar a um T5 World Class, de cinco marchas. As únicas coisas que mudaríamos aí dentro seriam trocar estes bancos e a manopla por algo mais historicamente apropriado.
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Agora, vamos aos negócios: este Maverick está à venda no Ebay (clique aqui para acessar o anúncio), num leilão que se encerra em três dias. Por enquanto, o valor está próximo aos 16 mil dólares – uma verdadeira pechinca, considerando o nível e a exclusividade deste projeto. Lembre-se de que dá pra importá-lo para cá, hein! Se você é um dos sortudos com a bala na agulha para adotá-lo, não deixe de consultar nosso guia “Como importar um carro antigo?” e boa sorte!
Maverick com alma de GT40 Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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