4 de jun. de 2013

Dane-se o Louvre! Este é o melhor museu da Europa



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Eu sei que o Louvre é famoso. Ele tem a Mona Lisa e eu já o visitei algumas vezes, mas para mim a verdadeira arte no mundo real e o automóvel. Carroceria. Motor. Rodas.
Eu adoro tudo isso. Como este Lancia Delta Integrale Spyder único no mundo! E encontrar um museu dedicado exclusivamente à beleza do automóvel foi muito legal. É o Museo Nazionale Dell’Automobile.
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Eu não sabia que ele existia, para ser sincero, e eu estava simplesmente voltando do GP de Mônaco quando resolvi parar em Turim. Sempre me dizem para visitar o museu da BMW em Munique (e eu visitei) ou o Museu Porsche, mas estes dois são só gigantescas jogadas de marketing e eu já vi quase todos os meus carros favoritos em corridas de clássicos.
Este museu foi construído em 1932 por Cesare Goria Gatti e Roberto Biscaretti di Ruffia (o primeiro presidente do Clube do Automóvel de Turim e um dos fundadores da Fiat) para celebrar seu amor por carros. Claro que muitos veículos foram doados pela Fiat, mas muitas outras marcas também estão muito bem representadas.
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Tem até algumas loucuras como esta máquina a vapor que supostamente é uma recriação do primeiro veículo movido por sua própria força, construído em 1769 por Nicolas Joseph Cugnot no Arsenal Militar de Paris. Mas também há coisas modernas muito legais, como esta Ferrari 365 GT4 2+2 1973.
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Acho que este Fiat era um dos carros mais legais do lugar. Nunca vi nada parecido. Sei que máquinas de estampagem modernas não podem fazer esta carroceria mas aí você pensa que alguém, em algum lugar, fez isto. É incrível visto de perto. É um Fiat Turbino 1954.
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Como o nome diz, é um carro movido a turbina. A plaqueta indicava a potência de 300 cv, bem como a cilindrada e a velocidade máxima de 250 km/h. Também li que o Turbino foi o segundo carro da história a ser movido por uma turbina — o primeiro foi um Rover.
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Olha só estas barbatanas! Difícil explicar como esta coisa era radical em pessoa. Também li que o Turbino teve o menor coeficiente aerodinâmico de todos os carros do mundo por 30 anos: 0,14.
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E, surpresa, havia um Cadillac sozinho ali. Não sei qual é a importância deste modelo em particular (Cadillac 62) ou por que ele estava em exposição na Itália, mas foi legal vê-lo sendo admirado tão longe de casa.
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É interessante ver como os Europeus apreciam os carros americanos. Achei que eles gostassem dos motores V8, mas parece que é o estilo. Principalmente as grades dianteiras.
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Mas vamos ser francos, isto pode ser até legal se você vive na Itália, mas para mim são os carros europeus da metade do século passado que são impressionante. Isto é um Alfa Romeo Disco Volante 1952!
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E também havia carros de fabricantes das quais eu nunca havia ouvido falar, como este Diatto 1925.
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Obviamente eu conheço a Citroën, mas nunca tinha visto um de 1934. Não ligo muito para seus carros modernos (bem, exceto pelas versões do WRC), mas este aqui era sensacional. Por que eles não constroem carros assim com mecânica moderna (e acho que pára-choques e coisas do tipo)?
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Este é um Cisitalia 202 1948 com motor de 1.90 cm³ e velocidade máxima de 155 km/h. O mais legal é a carroceria. O capô, carroceria, pára-lamas e faróis formam uma única peça, e em pessoa as linhas fluidas são simplesmente lindas. O carro foi encomendado por Dante Giacosa e construído sobre um chassi Fiat com carroceria Pininfarina.
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E, como é um museu, havia até um pouco de arte temática em exposição. Me concentrei nos carros mas achei isso bem legal.
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Este é o maior arbusto cortado em forma de carro do mundo.
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Este é um Fiat 500 Barchetta Bertone (1936-1947). A data de 1936 é por causa do chassi e mecânica, derivados do Fiat 500 1936. Mas o mais legal da história vem agora: o jovem Nuccio Bertone, filho do fundador do estúdio, comprou um 500 com seu próprio dinheiro e trabalhou com dois mecânicos fora do horário de trabalho deles para construí-lo!  Era sua barchetta “de corrida”.
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Este carro devia ser muito legal de guiar sem um para-brisa. Só um par de óculos, creio eu.
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Mas antes de chegar aos carros de corrida, encontrei com isto. Cada círculo representa um fabricante de carros que existiu em algum momento em Turim. Me pergunto como seria uma versão de Detroit. A Fiat, que ainda tem sua sede em Turim, é o círculo verde solitário no canto superior esquerdo.
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Esta era a entrada para os carros de corrida. Muito legal o modo como as fotos pareciam vivas com a luz projetada nelas.
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E, do outro lado, havia a versão que terminava em Schumacher.
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Depois dos pilotos, você entra nesta sala com os carros de Grand Prix.


E aqui vai um vídeo desta sala com o cenário interativo. Não é um show de lasers do Pink Floyd, mas é a maneira mais legal de exibir carros que eu já vi. Eles poderia só ter jogado os carros ali com uma foto atrás, mas decidiram fazer a arte andar com a arte. Eu gostei, então fiz um vídeo rápido para vocês.
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Este é um Alfa Romeo 33 TT 12 1975. Um motor de 12 cilindros opostos e 2.995 cm³! Com máxima de 320 km/h, ele garantiu à Alfa o título de construtores em 1975, vencendo 7 das 8 corridas.
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O catamarã dos carros! Parece um veículo de “Guerra nas Estrelas”, mas é um TARF 1948 com motor de quatro cilindros e 350 cm³. Mais tarde ele usou motores de 550 cm³ e de 1948 a 1957 ele estabeleceu 22 recordes internacionais de velocidade. O pod da esquerda levava o piloto e o da direita acomodava o motor, câmbio e tanque de combustível. E tinha suspensão independente nas quatro rodas.
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O Mercedes RW 196 1954. Se aquele acidente terrível não tivesse acontecido em Le Mans no ano seguinte, a Mercedes teria construído máquinas impressionantes (e um bocado de gente não teria morrido). Este aqui tem um motor de oito cilindros, 2.496 cm³ e máxima de 290 km/h. Um dos meus favoritos, fácil. Li muito sobre estes carros, mas nunca tinha visto um ao vivo.
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Este Mercedes também era especial, mas por outras razões. Era um dos carros de Fórmula 1 mais avançados de sua época, com comando de válvulas direto, e não usava molas de retorno. Ele tinha velas de ignição duplas e injeção direta. E também venceu a primeira corrida da qual participou — o GP da França em Rheims no ano de 1954.
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Cisitalia Abarth 204 A, lindo! Até onde eu sei, o 204 A foi o primeiro carro que a Abarth construiu.
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Lancia D24 1953. Motor de seis cilindros, 3.284 cm³ e máxima de 250 km/h. Este carro garantiu a Juan Manuel Fangio, Piero Taruffi e Eugenio Castellotti três vitórias na Carrera PanAmericana. Em 1954 Taruffi venceu a Targa Florio com ele, e Ascari venceu a Mille Miglia.
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Este aqui quase merece seu próprio post! Foi um projeto para a F1 feito em cooperação com a revista suíça Automobil Revue em 1969. 2.900 cm³ e 400 cv, com recursos de segurança como um tanque de gasolina que se “auto extinguia”.
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Ferrari 312 T5 1980. Doze cilindros, 2.992 cm³ e bonito de todos os ângulos. Infelizmente o T5 não venceu uma corrida sequer durante a temporada de 1980 da F1. Este carro nº2 foi guiado por Gilles Villeneuve durante a temporada, e contava com câmbio transversal (por isso o T) e mini-saias laterais para o efeito solo.
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Lancia Delta Integrale Evolution! Este carro é tão adorado pelos fãs que o tiveram que colocá-lo atrás das grades para protegê-lo! Ou porque ele se tornou um fora-da-lei depois da morte do Grupo B.
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Também havia toda uma área dedicada aos motores que era bem legal. Ia dos típicos motores de corrida a maquinário bizarro como este, construído pela Murnigotti em 1879.
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Este é um Fiat 18 BL 1914.
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O motor era absolutamente incrível de ver e tocar. Sim, eu sei que não se pode tocar nas obras, mas isto não é o Louvre. É uma peça de metal. É um motor Delage Grand Prix de 1925.
Havia centenas de motores em exposição, mas também esta tela interativa muito bacana mostrando como a tecnologia mudou com o passar do tempo.
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Encontrei este aqui em uma sala que acredito ser dedicada a protótipos, então eles não devem ter construído esto aqui. Nem sei do que se trata, mas eles o chamam de Fiat 130 Shooting Brake.
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À primeira vista parece só mais uma Ferrari 360 mas quando percebi este para-brisa, vi que não era totalmente normal. Duvido que seja um carro seguro, mas com certeza é muito mais bonito que a versão original.
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Parece que eles usavam isto para encaixar peças de carroceria! Legal demais. Eu adoraria ver alguém construindo um carro usando este método. Devia ser muito bacana de assistir. Os caras eram artistas de verdade.
Enfim, embora este lugar certamente não seja o Louvre, os carros do Museu são, de longe, minha forma de arte favorita.


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