Não faltam opções bacanas de carros para comprar com R$ 70 mil. Um belo muscle car, um esportivo mais moderno de segunda mão, um hatch apimentado… ou você pode aproveitar uma oportunicade bacana e comprar um esportivo japonês raríssimo no Brasil: este Nissan Datsun 280ZX.
Em nove anos de produção (1969-1978), existiram três variações deste cupê esportivo compacto da Nissan: 240Z, 260Z e 280Z. Os números eram indicativos da cilindrada de cada modelo — 2.4, 2.6 e 2.8, sempre com seis cilindros em linha, movendo as rodas traseiras através de uma transmissão manual de quatro ou cinco marchas ou automática de três marchas.
O 280Z foi a última versão antes do modelo novo, o Nissan S130 ou Datsun 280ZX, ser lançado. Usava originalmente um seis cilindros 2.8 de 170 cv e 22,5 mkgf de torque, e que o layout clássico — dois lugares, capô longo, cabine recuada, motor dianteiro e tração traseira — e o baixo peso (no máximo 1.300 kg) faziam ele um carro extremamente agradável de dirigir.
Falta também dizer que ele o S30 é extremamente receptivo a modificações, desde uma preparação simples a projetos extremos, e por isso é um dos favoritos para projetos de restomod. E, por fim, que nos EUA ele é um carro bem comum e não custa os olhos da cara, fornecendo uma base mecânica confiável para experimentações sem cobrar muito por isso.
Acontece que, no nosso mercado, comprar um carro antigo para modificar é um luxo a que poucos se dão. Mesmo que o valor de compra de um carro antigo não seja uma fortuna, os brasileiros preferem restaurar a modificar. Portanto, o que para um estrangeiro é só um carro velho que por acaso é bom de guiar, por aqui é uma raridade de alto valor no mercado de colecionadores.
O anúncio no Mercado Livre não oferece muita informação além do básico: trata-se de um exemplar 1975 com câmbio manual de cinco marchas com documentação em dia e 200 cv (teria recebido alguma preparação no motor ou é só otimismo demais?). Pelas fotos, também, o carro parece ter placa preta.
O valor de R$ 70 mil (R$ 80 mil para a troca) não nos diz muita coisa. Pelo estado de conservação, pela raridade do carro e pelas outras opções que se pode encontrar por esta grana, talvez esteja “justo”, levada em consideração a peculiaridade do nosso mercado de antigos (não parece má ideia pagar R$ 70 mil por um carro que tem grandes chances de ser único no Brasil). Por outro lado, pode ser só mais um daqueles casos em que fica “mais barato trazer um de fora”.
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