27 de mar. de 2013

Endurence:A ressurreição do European Le Mans Series



Protótipos e GTs do European Le Mans Series (Foto: ELMS/DPPI)Protótipos e GTs do European Le Mans Series (Foto: ELMS/DPPI)
Em 2012, abordei aqui na coluna diversas vezes a crise que vivia a European Le Mans Series, com corridas canceladas, grids ridiculamente pequenos, e a falta de uma participação efetiva das equipes.
Um prova em Donington Park chegou a ser realizada com apenas 13 carros na pista, sendo 10 protótipos e três GTs. Algo realmente grotesco.
Bem, parece que existe uma luz no fim do túnel para a categoria. Com a primeira prova do campeonato marcada para o dia 13 de abril, em Silverstone, no mesmo final de semana em que o Mundial de Endurance abre o seu calendário, também no circuito inglês, o certame conseguiu juntar uma lista de 30 inscritos. Bastante razoável.
Serão 10 protótipos LMP2, três PMPC, 10 LMGTE Pro e sete LMGTC. Lembrando que não existe a disputa da LMP1, que se tornou uma classe exclusiva do WEC. É um grid bem aceitável para o momento econômico europeu e do automobilismo em geral.
É um alento. Com certeza. E entre os carros que vão alinhar na prova, temos a estreia do protótipo Oreca 03-Nissan da equipe Signatech que foi batizado de Alpine, em uma jogada de marketing da Renault, junto com seus parceiros comerciais, que deve chamar alguma atenção da mídia.
Protótipo Oreca 03-Nissan da equipe Signatech, que irá correr rebatizado com a marca Alpine (Foto: Signatech/Divulgação)
Protótipo Oreca 03-Nissan da equipe Signatech, que irá correr rebatizado com a marca Alpine (Foto: Signatech/Divulgação)

Para quem não se lembra, a ELMS é a antiga Le Mans Series, que com a formação do WEC ganhou um “E”, de Europeia, para se caracterizar como uma disputa continental. Mas ela já foi maior que isso. Até 2011, ela viajava para alguns países fora do Velho Continente, e, inclusive, chegou a ter em 2007 no seu calendário as 1000 Milhas Brasileiras, que teve a vitória da Peugeot, e voltou a encolher na última temporada para abrir espaço para o Mundial.
Ela é organizada pelo próprio Automobile Club de l’Ouest (ACO) desde 2004, depois da iniciativa bem sucedida de Don Panoz com a American Le Mans Series, com licença do clube.
Depois de Silverstone, ela passará ainda por Imola, na Itália, Red Bull Ring, na Áustria, Hungaroring, na Hungria, e Paul Ricard, na França. Se conseguirem manter essa média de inscritos, após o campeonato ser praticamente ser declarado como morto em 2012, os promotores poderão declarar a temporada como bem sucedida, tranquilamente.
Nos Estados Unidos, também teremos grid cheio
Depois de ter 42 carros nas 12 Horas de Sebring, a American Le Mans Series volta a ter uma belíssima lista de inscritos para a sua segunda etapa, em Long Beach, com 34 carros.
Isso comprova que as duas principais categorias de endurance continentais, estão voltando a decolar. O Mundial, também parece que está pegando. Isso tudo, mesmo com Europa e Estados Unidos ainda tentando se recuperar de uma grave crise financeira. Só não acontece nada no Brasil mesmo. Por que será?
 Por Lucas Santochi
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br/

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