
Next demora a engrenar mas se torna a segunda moto mais vendida da Dafra
por Rodrigo Machado
Auto Press
Ser nova no mercado traz desvantagens, principalmente em tempos de crise. É mais ou menos o que a Dafra sofreu em 2012. A marca criada em 2008 amargou uma retração de quase 25% nas vendas – mais que o mercado de motos, que caiu 20,9%. Uma prova que a confiança e tradição ainda são importantes no setor. Foi no meio deste turbilhão, em maio, que a Next foi lançada. A naked de 250 cc mirou as concorrentes Honda CB 300R e Yamaha YS 250 Fazer. Mas, ainda que tenha conseguido vendas consideráveis, ficou abaixo do que a própria Dafra projetava.
por Rodrigo Machado
Auto Press
Ser nova no mercado traz desvantagens, principalmente em tempos de crise. É mais ou menos o que a Dafra sofreu em 2012. A marca criada em 2008 amargou uma retração de quase 25% nas vendas – mais que o mercado de motos, que caiu 20,9%. Uma prova que a confiança e tradição ainda são importantes no setor. Foi no meio deste turbilhão, em maio, que a Next foi lançada. A naked de 250 cc mirou as concorrentes Honda CB 300R e Yamaha YS 250 Fazer. Mas, ainda que tenha conseguido vendas consideráveis, ficou abaixo do que a própria Dafra projetava.
A expectativa era de comercializar 830 motos por mês, mas o mercado só absorveu 600, em média. Não chega a ser catastrófico, mas é 27% menos que o esperado. De qualquer forma, foi a Next que evitou que a Dafra tivesse números ainda piores. Em sete meses, o modelo foi o segundo mais vendido da marca – perde para as 750 unidades mensias da Riva 150. De acordo com dados da Abraciclo – associação dos fabricantes do setor –, a novata superou até a Apache 150, moto mais barata e com visual esportivo.

A estratégia da Dafra com a Next foi quase igual à usada com todos seus produtos. A única diferença é que, desta vez, a marca participou com mais ênfase do desenvolvimento do modelo. O projeto é da taiwanesa SYM – a mesma da scooter Citycom 300i –, mas teve bastante influência da Dafra. Até porque, o maior mercado da Next é exatamente o Brasil, já que em Taiwan a grande maioria das vendas de duas rodas é de scooters.
As principais contribuições da Dafra foram no visual. A Next é uma naked urbana, mas tem um certo apelo esportivo. Nas laterais existem generosas carenagens, assim como embaixo do motor e acima do farol. O paralama dianteiro é curto e dá um aspecto agressivo à moto. Em relação à moto vendida pela SYM em Taiwan existem pequenas diferenças. A principal delas é na posição de pilotar, voltada mais para o conforto aqui.
O conjunto mecânico tenta acompanhar essa esportividade proposta pelo visual. O motor é um monicilídrico de 249 cc com quatro válvulas e refrigeração líquida capaz de gerar 25 cv a 7.500 giros e 2,75 kgfm a 6.500 rpm. Isso significa que a Next está bem equiparada em relação aos principais rivais. A moto da Honda tem 26,5 cv e 2,81 kgfm, enquanto a da Yamaha Fazer exibe 21 cv e 2,1 kgfm. A favor do modelo da Dafra ainda está o câmbio de seis marchas, contra os de cinco das concorrentes. Outra – e a principal – vantagem é que a Next é mais barata. Custa R$ 10.790, entre R$ 500 e R$ 900 menos que as rivais.

Impressões ao pilotar
Pequena e abusada
por Eduardo Rocha
Auto Press
A pequena Next não nega fogo. O motor de 25 cv, com refrigeração líquida e o câmbio de seis marchas, tem bastante potencial para acelerar. A disposição continua em alta na hora de encarar as curvas – ela inclina até o limite da pedaleira, sem mostrar qualquer desequilíbrio na suspensão traseira bichoque. Ao enfrentar pisos irregulares, a frente exibe boa firmeza, com reações bastante previsíveis. Esse comportamento se repete nas frenagens, embora a eficiência do sistema deixe um pouco a desejar.
Obviamente, por se tratar de uma 250 cc, todos os pontos – positivos e negativos – devem ser bastante relativizados. Afinal, não se pode esperar tecnologia de ponta em uma motocicleta de pouco mais de R$ 10 mil. Ela é pensada para a lida diária com um nível de conforto e desempenho superior à multidão de motos de baixa cilindrada, que infestam as ruas. E apesar de ser indicada para uso urbano, consegue encarar viagens curtas, sem que o condutor sofra traumas emocionais ou traumatismos de coluna.
Ficha técnica
Dafra Next 250
Motor: A gasolina, quatro tempos, 249 cm³, monocilíndrico, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote, balancins roletados e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
Câmbio: Manual de seis marchas à frente.
Potência máxima: 25 cv a 7.500 rpm.
Torque máximo: 2,75 kgfm a 6.500 rpm
Diâmetro e curso: 71 mm X 63 mm. Taxa de compressão: 10.5:1
Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com curso de 110 mm. Traseira do tipo monoshock com curso de 129 mm.
Pneus: 110/70 R17 na frente e 130/70 R17 atrás.
Freios: Disco com pistão duplo na dianteira e simples na traseira.
Dimensões: 2,00 metros de comprimento total, 0,79 m de largura, 1,05 m de altura, 1,32 m de distância entre-eixos e 0,79 m de altura do assento.
Peso: 155 kg.
Tanque do combustível: 14 litros.
Produção: Manaus, Amazonas.
Preço: R$ 10.790.
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Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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