28 de dez. de 2012

Teste: O bom selvagem Jeep Grand Cherokee SRT8

Fotos: Divulgação
Teste: O bom selvagem Jeep Grand Cherokee SRT8
Nova geração transforma o modelo no mais potente já produzido pela Jeep


Depois de usar a geração anterior para fazer o primeiro Cherokee SRT8, a Jeep não poderia deixar de repetir o feito com o modelo mais recente, lançado em 2011 durante o Salão de Nova Iorque.
Nele, a marca norte-americana coloca todo o arsenal tecnológico focado numa condução esportiva, algo impensável em outros Jeep. A marca aproveitou a base compartilhada com a geração anterior da Mercedes-Benz ML, a segunda, e aplicou sua nova fórmula para a velocidade.

Dessa vez, a marca foi mais a fundo no tema e colocou sob o capô um enorme V8 Hemi de 6.4 litros, 470 cv e 64,2 kgfm de torque – o SRT8 anterior usava um 6.1 litros. A força é gerenciada por um câmbio automático de cinco marchas, que joga a tração para as quatro rodas. Mesmo com impressionantes 2.360 kg, o conjunto é capaz de levar o Grand Cherokee do zero aos 100 km/h em apenas 5 segundos e à velocidade máxima de 257 km/h. No entanto, mais impressionante do que as acelerações é a hora de parar esse “peso pesado”. Os enormes discos de freio Brembo – de 380 mm na frente – conseguem segurar o SRT8 vindo a 100 km/h em apenas 35 metros, marca digna de superesportivos.



O sistema de tração integral ainda tem cinco modos de funcionamento. “Auto”, “Sport” e “Track” são para a condução em asfalto e trabalham com as configurações mais rígidas de suspensão e respostas do motor. O modo “Snow”, para neve,  permite o trânsito por superfícies mais escorregadias e há ainda uma seleção chamada “Tow”, que configura o controle de estabilidade para lidar com algum reboque atrelado ao jipão. A seleção ainda muda os parâmetros da suspensão, que usa amortecedores da Bilstein controlados eletronicamente.

É fácil reconhecer um Cherokee SRT8 na rua. A suspensão rebaixada, os anexos aerodinâmicos e as enormes rodas de 20 polegadas não deixam dúvidas de que se trata do carro mais potente e rápido já feito pela Jeep. O aspecto geral é muito mais “massivo” do que um Grand Cherokee normal – que já é bastante grande. Ele roda 2,5 cm mais baixo que os jipes convencionais, o que acentua a “cara de mau” da versão esportiva.



Por dentro, o máximo que a Jeep pode oferecer de conforto e comodidade para os ocupantes. Estão lá o sistema de som Harmann-Kardon e bancos envolventes em couro Napa, mas isso não faz dele um carro propriamente luxuoso. Ele mantém as características de um modelo tipicamente norte-americano, com muito plástico no interior e acabamento mais pobre do que rivais alemães ou ingleses.

Impressões ao dirigir

Poder absoluto

Turim/Itália –
O Grand Cherokee SRT8 impressiona logo à primeira vista. O visual “bombado” chama atenção e o destaca em relação aos outros modelos da gama. Por dentro, os bancos envolvem bem motorista e passageiro da frente e a ergonomia é idêntica às versões “de rua” do jipão. Os comandos ficam bem à mão e o console central elevado ajuda no acionamento de câmbio e cria vários porta-objetos úteis no dia a dia.



No entanto, a maior estrela do carro funciona sob o capô. Basta dar a partida para perceber o poderio dos 470 cv gerados pelo V8 Hemi. A capacidade de aceleração é quase fantástica para um carro de mais de 2.300 kg. O corpo é empurrado contra o banco cada vez que o acelerador é pressionado com mais decisão e o SRT8 dispara como uma bala. A velocidade máxima limitada eletronicamente em 257 km/h dá o tom da força ao rodar com o modelo.

Ao menos, para não tornar o SRT8 praticamente inviável na Europa, o motor tem um sistema de desligamento de cilindros para tentar ser mais econômico. Em velocidades de cruzeiro ou com pouca carga, apenas quatro dos oito cilindros funciona. O sistema atua de forma quase imperceptível e é rápido para acionar novamente os cilindros apagados quando o motorista solicita mais força do V8.



Ficha Técnica

Jeep Grand Cherokee SRT8

Motor:
Gasolina, dianteiro, longitudinal, 6.417 cm³, oito cilindros em V, duas válvulas por cilindro, comando duplo no bloco. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto.
Transmissão: Câmbio automático de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração e cinco modos de atuação do sistema de tração.
Potência máxima: 470 cv a 6 mil rpm.
Torque máximo: 64,2 kgfm a 4.300 rpm.
Aceleração de zero a 100 km/h: 4,7 segundos.
Velocidade máxima: 257 km/h.
Diâmetro e curso: 101,6 mm X 92,0 mm. Taxa de compressão: 9,8:1.
Suspensão: Dianteira independente com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos Bilstein controlados eletronicamente e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Muiltilink com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos Bilstein controlados eletronicamente. Possui controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 295/45 R20.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS de série.
Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,85 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,75 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina.
Peso: 2.336 kg.
Capacidade do porta-malas: 782 litros.
Tanque de combustível: 70 litros.
Produção: Detroit, Estados Unidos.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado automático, direção hidráulica, trio elétrico, airbags frontais, laterais e de cortina, rádio/CD/MP3/USB/iPod com tela de 5,8 polegadas, banco do motorista e volante com regulagem de altura, computador de bordo, rodas de liga leve de 20 polegadas, controle de estabilidade ESP.
Preço nos Estados Unidos: US$ 61.160, cerca de R$ 125 mil.





Fonte: Motrdream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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