Quando uma bela garota parou na oficina de um usuário do Reddit para trocar o óleo, ela citou um “leve” som vindo do… como chama mesmo aquela parte?
Para quem não sabe o que se passa na foto acima, reparou nas linhas radiais que partem do centro da peça? Elas deveriam estar ensanduichadas entre duas grossas peças de metal para formar um rotor do disco de freio completo. Ah, e também se esperava que houvessem pastilhas nas pinças, o que não acontece.
Então aqui está o bê-á-bá do que você precisa saber para ver se os freios estão ok.
Conferindo os freios
Mesmo que você tenha uma dessas rodas bem vazadas que permitem ver os freios muito bem, a melhor maneira de conferir o estado das pastilhas e do disco é suspender o carro e tirar a roda. (Nota: os freios dianteiros sempre se desgastam mais rápido que os traseiros porque eles são responsáveis pela maior parte da frenagem. Assim, os discos dianteiros geralmente são ventilados e têm barbatanas ensanduichadas entre as duas superfícies, enquanto os discos traseiros geralmente são sólidos.)1 – Se estiver verificando os freios dianteiros, coloque alguns blocos/calços nas rodas traseiras para segurar o carro (e se estiver olhando os freios traseiros, calce as rodas dianteiras).
2 – Solte os parafusos da roda que você pretende remover. Então suspenda este lado do carro e o apoie com segurança com o macaco. Remova a roda.
3 – Verifique o estado da pastilha. Deve haver pelo menos três milímetros de espessura entre a base da pastilha e o rotor. Além disso, é preciso ter duas pastilhas por pinça. Se uma parecer mais grossa que a outra, provavelmente há um problema com a pinça. Ela deveria deslizar igualmente na direção do disco e voltar quando você pressiona ou solta o pedal do freio.
4 – Confira o disco. Se não parecer óbvio, é a parte com formato de disco que dá nome ao conjunto. Cada fabricante tem o seu próprio padrão sobre o quão grosso deve ser o disco (eles se desgastam com o tempo, como você pode ver na foto do topo da página), então você precisa consultar o manual ou o Google sobre a medida apropriada para seu veículo e conferir o estado atual. Os discos precisam de determinada espessura para ajudar a dissipar calor, etc, então isto é importante. Além disso, discos finos podem se quebrar, o que não é bom.
5 – Quando estiver vendo o disco, gire-o com as mãos. Se estiver conferindo o eixo tracionado, certifique-se de que o carro está no ponto morto e o freio de mão (se ele estiver ligado àquele eixo) está solto (por exemplo, minha perua Subaru 86 é estranha e tem o freio de mão ligado às rodas dianteiras). O disco deve rodar mais ou menos de forma suave. Ele se prende em algum ponto? Caso esteja, provavelmente está deformado e deve ser substituído ou passar por uma manutenção. Os discos também precisam estar mais ou menos suaves, sem grandes depressões na superfície. Em outras palavras, se o disco estiver com cara de que pode ser discotecado, é hora de polir/trocar.
6 – Enquanto verifica os freios, verifique as tubos/canos de freio por vazamentos. Achou uma mangueira flexível que corre entre a linha de freio metálica ligado ao chassi e a pinça? Ela deve estar seca (ao invés de embebida em óleo ou fluido de freio), e livre de rachaduras.
Freios, junto com a direção e a suspensão, são as partes mais importantes de um veículo no fator segurança. Se você ficar desconfiado com algo quando mexer nos freios, faça o favor de levar o carro a um mecânico para uma revisão. Conferir periodicamente por conta própria vale para entender o que acontece por trás das rodas enquanto você acumula quilômetros de experiência.
É melhor não encontrar surpresas pelo caminho, então não custa nada olhar os freios enquanto faz o rodízio dos pneus.
E claro, se o seu carro usa discos a tambor, isso não vai lhe ajudar. Mas pouca coisa vai também. Mexer e até inspecionar freios a tambor pode ser um negócio complicado e bagunçado, algo com o qual ninguém merece lidar. Freios a disco não só trabalham melhor, como também são mais fáceis de serem trabalhados.
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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