19 de ago. de 2012

Uma máquina do tempo em forma de um VW Passat


O sonho era antigo e a vontade de ter um Passat dos “olhos redondos” sempre foi maior que a sanidade. Da fabricação do VW às mãos de do proprietário, o Passat ficou mais de 30 anos zanzando pelo Brasil até que Marcelo arrematasse seu belo VW azul. Outros pretendentes foram analisados, mas bastou um test drive no exemplar para que o martelo fosse batido: é esse!
Com o carro em casa, aos poucos a pseudo-originalidade foi sendo retornada com a instalação de componentes novos. Explico: o carro contava com poucos detalhes não originais como lanternas, volante e bancos. Ao substituir os ítens antigos, Marcelo permitiu-se a utilização de acessórios originais da época, mas sem preocupar-se com a originalidade extrema do veículo, resultando em um conjunto bastante harmonioso e de bom gosto.
Foi então que começaram as mudanças mais radicais. Inspirado por fotos e vídeos de veículos de veículos da escola germânica de personalização, o Passat tevea fiação elétrica do cofre do motor ocultada num processo conhecido lá fora como wire tuck, utilizando uma caixa de fusíveis nacional da 12Volt Boost, a loja de um amigo como oficina e muita criatividade para que nenhum fio ficasse à mostra.
Ficou bacana, mas ainda faltava algo para que o visual do cofre ficasse mais apresentável. Um par de carburadores Solex de 40 mm foram adquiridos, instalados e acertados para funcionar em sintonia com o motor 1.8L, que recebeu ainda os reforços de um comando de 276°, um belo escape 4×1 e bobina de Gol MI. Não trata-se de um projeto buscando performance extrema, mas um que busque equilíbrio estético com o capô aberto ou fechado sem agredir o visual antigo do Passat.
Certo dia, o Passat foi prensado entre dois carros. Isso afetou seriamente o ânimo de Marcelo. Com a dianteira e a traseira avariadas, o projeto ficou parado na garagem por três anos até que um sopro de esperança na forma de um jogo de rodas de Variant II de 14″ surgisse nas mãos de um amigo do fórum Volkspage. Essas rodas foram modificadas, tendo suas talas modificadas para 8″ de largura e encaixando-se perfeitamente com o estilo que era planejado, utilizando rodas largas e pneus mais estreitos de medidas 185/55-14″. Nesta fase, os discos de freio dianteiros foram substituidos por modelos derivados da segunda geração do Gol, o que assegurou frenagens mais eficientes.
Foi então que após três anos o Passat foi encaminhado aos cuidados de um amigo que tapou todos os furos e passagens inuteis do cofre do motor. As marcas do acidente sofridos anos antes foram tratadas e sairam da oficina como se nada tivesse acontecido, ou até melhor. O carro tomou um banho completo de tinta para recuperar o frescor de um zero quilômetro dos anos ’70. O interior foi completamente refeito e ganhou nova padronagem de tecido, bem distante do original e com um toque pessoal utilizando tecido claro sobre os bancos originais, sendo que o traseiro recebeu modificações para acomodar com conforto os eventuais passageiros.

Um projeto de longa data, que hoje apresenta sua melhor forma com um conjunto visual exuberante e de grande qualidade. Objetivos foram traçados, metas foram definidas e mesmo com várias interrupções e obstáculos o antigo Passat foi reformado para encher seu proprietário de felicidade ontem, hoje e amanhã, como uma máquina do tempo deve fazer.

Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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