12 de ago. de 2012

Top Gear dirige um… Douglas Super Tug

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Se você precisa mover um avião, sua melhor escolha é Doug o Super Tug. Piers Ward testa um veículo que torna a tarefa de rebocar 600 toneladas parecer fácil.

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Isto soará estúpido, mas enquanto estou sentado dentro deste rebocador de aeronaves Douglas TBL 600 rebocando um Airbus A300 de 150 toneladas, levo um tremendo choque ao ver essa enorme aeronave no meu retrovisor. Lá estou eu, passeando alegremente por uma pista de pouso, enormes espaços abertos até onde o olho pode ver, então um olhar rápido no retrovisor e minha visão é totalmente ocupada pelo gigante e imponente avião-cargueiro atrás de mim.
É fácil esquecer-se do A300 porque o Douglas é tão potente que ele reboca 150 toneladas sem nenhum esforço. Ele puxará o A300 sem precisar dar gás. A única vez que realmente percebo esse peso todo é quando eu tento frear até parar totalmente para que eu possa devolver o comando de volta para Nigel lewis, meu instrutor surpreendentemente descontraído. Não quero pisar com tudo no pedal porque tenho muito medo de quebrar a roda frontal do avião, mas isso precisa de mais pressão do que você imagina.
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Isto é o melhor da engenharia britânica. Não pense nem por um momento que a indústria deste país está morrendo – a Douglas existe há 64 anos. Os rebocadores são testados ao limite antes de serem vendidos. No dia quando dirigi o TBL 600, um pobre coitado estava testando um rebocador de helicópteros rebocando uma carreta numa faixa de asfalto de 60 metros, várias e várias e várias vezes. Em turnos de 8 horas, eles fazem isto 24 horas por dia, 5 dias por semana.
O TBL é muito mais divertido. Como não poderia ser, com um motor a diesel Cummins de 6 cilindros e 19 litros que produz 760 cavalos e 314,94 mkgf de torque? O suporte hidráulico atrás pode erguer a roda frontal de um avião com uma potênia nominal de 48 toneladas. No seu máximo, com a tração integral acionada, o Douglas pode rebocar um Airbus A380, o maior avião do mundo, que pesa 600 toneladas. O Douglas pesa meras 37 toneladas.
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E é este o truque do TBL. Como ele usa o peso da aeronave para gerar tração, o rebocador não precisa ser tão pesado quanto você imagina, o que significa menos estresse e esforço nas peças importantes.
Quando rebocamos um avião aposentado da DHL de 150 toneladas, numa pista de pouso molhada e sobre uma inclinação relativamente forte, estávamos apenas com tração em duas rodas. Sem diferenciais que travam, sem controle de subida. E o Douglas nunca parece que está sofrendo – todo o processo acontece sem nenhum drama que é quase decepcionante. Até você dar uma olhada no retrovisor.
Com o A300,o Douglas trabalhará tranquilamente a 30 km/h. E, isto pode soar surpreendente, elez faz curvas bem. Contanto que o avião esteja desconectado dele.
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Há quatro modos de esterço – dianteira, traseira, diagonal e integral. Quando Nigel seleciona o modo integral e gira o volante com tudo até o limite, eu prontamente caio do meu assento – ele não vem com bancos Recaro. Então é minha vez e tento acelerar com tudo no meio da curva, mas logo vejo que é complicado trazer de volta o volante rapidamente. E quase acertei um avião estacionado.
Como a direção toda está conectada hidráulica e eletronicamente, dirigir o Douglas em linha reta também pode ser complicado. Não faço idéia do que esteja acontecendo debaixo de mim, então acabo fazendo movimentos em zigue-zague, constantemente ajustando não a atual mudança de direção, mas sim a anterior a esta. É como estar num estado permanente de “tank-slapper”. Mas isso porque estou tratando-o como se fosse um carro, algo que ele não é.
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É um rebocador, e sendo um, é brilhante, e também é surpreendentemente fácil de operar. O banco gira em 180º e todos os controles movem-se comigo quando eu giro. Isto faz-me sentir como o Davros, do Doctor Who. Há dois pedais, um joystick para quando você conecta a roda frontal da aeronave, e alguns outros botões para selecionar vários modos no computador. Dá para realizar diagnósticos, ver quanto combustível ainda tem, ou mudar a linguagem – o Douglas é vendido no mundo todo, então ele precisa saber comunicar-se com qualquer operador. Mais uma buzina, para o caso de você levar uma fechada por outro rebocador puxando um Jumbo, ou algo assim.
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Tudo é à prova de idiotas. Tem uma faixa vermelha larga no meio do Douglas – alinhe-a com o meio do A300 e você saberá que está pronto para começar a rebocar. Também tem uma câmera e um sensor no suporte para você saber quando a roda frontal do avião estiver em posição. Tudo é feito sem esforço nenhum – até mesmo os faróis e as lanternas funcionam automaticamente.
Ainda assim, fico pensando nos números. A aeronave vale mais de R$63.5 milhões, o Douglas vale cerca de R$1.4 milhão, o conjunto inteiro mede 60 metros de comprimento e 45 metros de largura. Tive uma aula de uma hora de duração. Isto deveria ser de borrar as calças. Mesmo assim, sinto-me como se simplesmente estivesse indo às compras.
O RESUMO: A inovação britânica no seu melhor. O Douglas rebocará 600 toneladas de aeronave sem esforço.
A NOTA: 18/20
PREÇO: R$1.4 milhão (estimados)

Fonte: topgearbr
Disponível no(a): http://topgearbr.wordpress.com
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