
O lançamento do sedã elétrico Tesla Model S na semana passada foi uma manobra completamente coreografada, onde os jornalistas participaram como meros peões do tabuleiro de xadrez de Elon Musk. Como havíamos previsto, a maioria dos jornalistas teve apenas cerca de dez minutos para avaliar o carro.
Contudo, alguns do 47 veículos de comunicação presentes conseguiram ficar um pouco mais com o carro. Não foi bastante para descobrir a autonomia (a menos que dirigissem o carro a 280 km/h o tempo todo), mas foi suficiente para uma impressão mais precisa.
Se combinarmos vários trechos destas “avaliações”, teremos a avaliação mais completa de todas. É matemática pura.
Algumas publicações admitiram a limitação de tempo, enquanto outros tentaram transformar um stint de 10 minutos em um review completo, como se isso fosse possível.
Como Elon Musk está reinventando o carro, e reinventando a imprensa automotiva, nós também vamos aprender com seu exemplo. Se juntarmos várias avaliações curtas em uma grande meta-avaliação, teremos um texto escrito como se tivéssemos passado muito tempo com o carro.
Parece que gostamos do Model S:
Faz quase quatro anos que a Tesla anunciou seus planos de expandir sua linha de carros elétricos. Nesse ínterim, a fabricante novata aumentou sua rede de concessionárias, atraiu mais investimentos, revelou um crossover conceitual, e converteu um antigo parque fabril da GM no centro de produção do Model S. (Wired Autopia)
É onde estamos hoje, reunidos com vários jornalistas, investidores e alguns consumidores de carros elétricos que esvaziaram a poupança e finalmente estão recebendo um dos dez primeiros sedãs elétricos fabricados nos EUA. (Wired Autopia)
Antes de embarcarmos para um passeio pelas colinas, vamos falar do chassi. A bateria instalada sob o assoalho é um componente estrutural, e ajuda a manter o centro de gravidade a apenas 45 cm do chão com dois ocupantes – quase o mesmo dos Ford GT. A suspensão é quase toda de alumínio, tanto dianteira quanto traseira. Os modelos Performance e Signature recebem uma suspensão a ar ajustável de quatro posições (variando de 20 mm para altas velocidades a 30 mm para encarar rampas íngremes). As barras anti-rolagem são surpreendentemente finas e feitas de aço sólido – mas o baixo centro de gravidade ajuda a nunca exigir demais delas. Na traseira os braços de controle lateral têm uma curiosa ligação vertical na traseira. Isso controla o ângulo de cáster e distribui o a reação dos freios nas buchas do braço de controle, melhorando o conforto. (Motortrend)
É na aceleração que o Model S se destaca. O motor elétrico despeja uma montanha de torque linear capaz de torcer seu pescoço, disparando rapidamente o carro além do limite de velocidade. Um agradável assovio abafado acompanha a experiência e serve como um lembrete de que você está dirigindo o futuro. Ao contrário de carros como o Ford Focus Electric e o Toyota Prius híbrido plug-in, o Model S segue uma estratégia similar ao sistema ActiveE da BMW quando se trata de frenagem regenerativa. Em vez de ser disparada pelo pedal de freio, ela só funciona quando você alivia o acelerador. É como dirigir um carro manual em segunda marcha e usar o freio motor para reduzir a velocidade. Enquanto o ActiveE acende as luzes de freio assim que você alivia o acelerador, o Model S se baseia na leitura de um acelerômetro para avisar os veículos de trás. Boa sacada. (Engadget)
O painel ficou simples demais: apenas uma tela de 17 polegadas sensível ao toque e apenas um botão para o pisca-alerta. Outros fabricantes já tentaram colocar todos os controles da cabine em uma tela, mas abriram uma concessão aos botões do controle de climatização e do rádio separados do sistema de toque. E também há o controle de volume no volante. (cnet)

Ainda que um modelo de luxo como o Model S seja uma das maiores compras que um consumidor pode fazer, ele traz uma longa lista de riscos, dos mais banais aos mais sérios. A autonomia do Model S ainda depende do modo que você dirige, e ele precisa de uma tomada mais potente que a tomada padrão que você tem em casa para recarregar em poucas horas. A Tesla já vendeu 2150 carros até agora; nunca lidou com milhares de clientes, nem trabalhou com um grande volume de produção. O lançamento do Fisker Karma foi atormentado por bugs de software e substituições de bateria, e embora Musk diga que o Model S passou com notas altas em todos os testes de impacto e colisão, os compradores do modelo – os mais de 10.000 que já pagaram sinais de 5.000 dólares – serão cobaias de uma nova fabricante de carros, de um novo modelo, de uma nova unidade fabril. (Yahoo)
O Model S custa 57.400 dólares na versão de 260 km (como comparação um Mercedes-Benz E350 diesel custa 51.000 dólares). Adicione mais 10.000 dólares pelo conjunto de baterias de 370 km ou 20.000 pelo conjunto de 480 km. Os primeiros 1000 Model S serão entregues agora na metade do ano na versão Signature, com autonomia de 480 km. Os demais chegam durante o segundo semestre deste ano. (Road & Track)
Fonte: .jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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