25 de jun. de 2012

Teste: Kawazaki Versys 1000 prepara ataque ninja

Fotos: Divulgação
 Teste: Kawazaki Versys 1000 prepara ataque ninja Kawazaki Versys 1000 enfrenta rivais com preço baixo e crise no mercado

O competitivo mercado de motocicletas no Brasil fica ainda mais nervoso em alguns segmentos específicos, como no caso das big trail, com motos grandes e vendas pequenas. Apesar das condições desfavoráveis – houve uma queda geral de 12,7% nas comercializações de maio de 2012, em relação ao ano passado –, a Kawasaki decidiu apostar nesse nicho, com a apresentação da Versys 1000.
A concorrência limita-se apenas a BMW R1200, com média mensal de 72 unidades, e a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré, com 31 motos negociadas. A fabricante espera alcançar uma média de vendas de 40 unidades mensais, número que a colocaria na segunda posição do segmento.

Entrar em um terreno pouco promissor pode parecer até estranho, mas é parte da estratégia da Kawasaki no Brasil. O objetivo maior da marca japonesa é se fazer presente no mercado nacional. A fábrica da marca, em Manaus, é especializada em uma ampla gama de modelos com baixos volumes de vendas, o que facilita a rápida introdução no país de lançamentos e em diversos segmentos. A principal arma da Versys é o preço. A moto custa R$ 49.990 – valor consideravelmente baixo diante dos R$ 59.900 da Super Ténéré e dos R$ 61.000 da versão “pelada” da concorrente alemã. "O custo mais baixo é consequência de um projeto que compartilha os principais componentes com outros modelos dessa plataforma, como a naked Z1000", justifica o gerente de planejamento Ricardo Suzuki.



Para brigar com os consolidados modelos da Yamaha e a BMW, a Versys 1000 apresenta configuração muito parecida com a das rivais. No entanto, chega com alguns diferenciais. “A estratégia é apresentar um produto com recursos até então inexistentes no país para as motos desta categoria”, explica Suzuki. A big trail da Kawasaki é a primeira no segmento com motor de quatro cilindros e 16 válvulas, além de também trazer controles eletrônicos de tração – o mesmo KTRC da Ninja ZX 14-R - e modos de potência selecionáveis que, no nível mais baixo, limitam a 75% a capacidade do motor.

Apesar das inovações, a Versys 1000 fica abaixo das concorrentes em alguns pontos. Em especial, no tamanho do motor, de 1.043 cc, em relação aos 1.199 cc da Yamaha e 1.170 cc da BMW. O torque máximo de 10,4 kgfm, obtido a 7.700 rpm, também é menor e em regime menos favorável que o da Super Ténéré, que oferece 11,6 kgfm a 6 mil giros. Em potência, entrega 118 cv, enquanto as rivais não passam de 110 cv. O freio ABS é item de série, assim como na rival japonesa. Na R1200 está disponível apenas nas versões mais caras. A Versys é movida com transmissão por corrente de seis velocidades.



Como a própria fabricante afirma - e as leves rodas esportivas de 17 polegadas confirmam -, a moto não foi projetada para o uso fora de estrada. Mesmo assim a suspensão com curso longo é suficiente para absorver as irregularidades e desníveis das ruas das grandes cidades. O garfo dianteiro é integralmente ajustável e ficou maior, com diâmetro de 43 mm, proporcionando, de acordo com a marca, um trabalho mais preciso. Na parte de trás, o conjunto apresenta um monoamortecedor, também com a possibilidade de ajustes. O escapamento mais baixo comprova a vocação da moto para o asfalto. Para dar mais conforto ao motociclista, o para-brisa possui uma faixa de ajuste contínua de cerca de 30 mm. A altura pode ser modificada manualmente, sem a necessidade do uso de ferramentas.

As linhas da carenagem deram mais robustez à big trail, em comparação ao modelo menor, a Versys 650. Enquanto isso, o quadro de alumínio ficou mais estreito e mais agradável paras as pernas. O posicionamento do chassi em relação ao guidão mais largo e de fixação rígida oferece um posicionamento mais ereto para a pilotagem. A largura total da Versys 1000 é de 0,90 m com 2,23 m de comprimento – sendo 1,52 m de entre-eixos. No painel, além do conta-giros analógico, há um display LCD com um computador de bordo que inclui velocímetro, nível de combustível, odômetro, relógio, consumo médio e instantâneo, entre outras informações. Entretanto nenhum dos "mimos" eletrônicos se compara com o preço competitivo, que pretende ser um golpe de "ninja" na concorrência.


   
Ficha técnica

Kawazaki Versys 1000

Motor: A gasolina, quatro tempos, refrigeração líquida, 1.043 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica e ignição digital.
Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente selada.
Potência máxima: 118 cv a 9.000 rpm.
Torque máximo: 10,4 kgfm a 7.700 rpm
Diâmetro e curso: 77 mm X 56 mm.
Taxa de compressão: 10,3:1.
Suspensão: Garfo telescópico invertido de 43 mm com retorno e pré-carga da mola ajustáveis. Monoamortecedor com retorno e pré-carga da mola ajustáveis.
Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás.
Freios: Disco duplo de 300 mm em formato margarida, pinça com pistão duplo na frente e Disco simples de 250 mm em formato margarida, pinça com pistão simples
Dimensões: 2,23 metros de comprimento total, 0,90 m de largura, 1,40 m de altura, 1,52 m de distância entre-eixos e 0,84 m de altura do assento.
Peso em ordem de marcha: 239 kg.
Tanque do combustível: 21 litros.
Produção: Manaus, Brasil.
Lançamento mundial: 2011.
Lançamento no Brasil: 2012.
Preço: R$ 49.990 mil.



Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
Comente está postagem.

Nenhum comentário: