
Nos últimos anos, três pilotos da World Series Renault desembarcaram na categoria máxima. Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Apesar do número expressivo, existe algo em comum entre os três que acaba tirando um pouco a credibilidade da categoria como grande formadora de pilotos. Todos eram vinculados à Red Bull e fica a impressão que se o piloto não faça parte do programa de formação de pilotos da equipe, não terá tanta chance assim de prosseguir na carreira.
Sabendo disto, a organização da categoria vem trabalhando duro em algumas mudanças nos últimos anos para preparar cada vez mais os pilotos e chamar a atenção de todos os times da F1, não só da Red Bull. O fator mais importante para esta temporada que vai de encontro a esta ideia é que os carros terão o DRS (asa móvel). Desta forma, os pilotos já terão no futuro experiência com este dispositivo, também utilizado na F1.
O envolvimento das equipes de cima com a categoria de base é outro ponto importante. Além do time dos energéticos, a Caterham e a Lotus também estão na World Series Renault em 2012. Além disso, o francês Jules Bianchi, piloto de testes da Force India e que tem o apoio da Ferrari, competirá na Tech 1 Racing. O Brasil está representado com três pilotos: André Negrão, que vai para a segunda temporada, Yann Cunha e Lucas Foresti, que vêm da F3 Inglesa.
Serão nove etapas com rodada duplas, sendo seis pistas que fazem parte do calendário da F1 (Mônaco, Spa-Francorchamps, Nurburgring, Silverstone, Hungaroring e Barcelona), além de Paul Ricard, que volta a categoria máxima em 2013. A novidade fica por conta de uma etapa na Rússia, no novo circuito de Moscou.
A grande rival da World Series Renault para se tornar a mais importante categoria de base é a GP2, que hoje detêm este título. Metade do atual grid da F1 é composto de pilotos que saídos de lá. Dentre eles, os campeões Nico Rosberg, Lewis Hamilton, Timo Glock, Nico Hülkenberg, Pastor Maldonado e Romain Grosjean. Com o apoio de Bernie Ecclestone, a categoria surgiu no meio da última década e correndo junto a F1 nos finais de semana, acabou aproximando todo mundo e criando um cenário perfeito para um campeonato escola.
A questão é que a qualidade da GP2 caiu um pouco nesta temporada com a chegada de alguns pilotos (e times) de pouca expressão. Já a World Series acabou recebendo alguns pilotos que eram da GP2, como o próprio Bianchi citado assim e também Sam Bird, nomes de peso de outros campeonatos, como Kevin Magnussen e Lucas Foresti da F3 inglesa, Robin Frijns da F. Renault 2.0 além de manter bons pilotos das últimas temporadas como Alexander Rossi e Kevin Korjus.
Assim como a GP2, que é transmitida no Brasil pelo Sportv, a World Series Renault continuará no Bandsports e no fundo, nesta briga de “cachorro grande”, quem ganha é o fã do automobilismo. A competição de quem é mais isto ou mais aquilo só enriquece mais a disputa entre as duas e os telespectadores não necessariamente precisam escolher entre uma ou outra. Podem aproveitar da disputa e terem, ao alcance do controle remoto, dois grandes espetáculos durante o ano.
Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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