Marcas de luxo se lançam em segmentos inéditos por mais lucro e escala de produção
por Igor Macário
Auto Press
Na busca por maiores volumes de vendas, várias fabricantes de automóveis de alto luxo têm aberto novos horizontes com o lançamento de modelos em segmentos nunca explorados antes. Esse movimento obrigou as marcas mais exclusivas a associar seus tradicionais valores – leia-se esportividade e luxo extremos – para desenvolver conceitos inovadores, sejam pelo design e soluções originais. Ainda que mantenham o alto preço, já que não têm o objetivo de "popularizar" as marcas, os novos carros podem representar a salvação de nomes emblemáticos em tempos de economia em crise.
por Igor Macário
Auto Press
Na busca por maiores volumes de vendas, várias fabricantes de automóveis de alto luxo têm aberto novos horizontes com o lançamento de modelos em segmentos nunca explorados antes. Esse movimento obrigou as marcas mais exclusivas a associar seus tradicionais valores – leia-se esportividade e luxo extremos – para desenvolver conceitos inovadores, sejam pelo design e soluções originais. Ainda que mantenham o alto preço, já que não têm o objetivo de "popularizar" as marcas, os novos carros podem representar a salvação de nomes emblemáticos em tempos de economia em crise.
A diversificação do portfólio de fabricantes como a Porsche, a Lamborghini e até mesmo a Maserati serve para levar mais esportivos às garagens de proprietários que sempre compraram veículos desse padrão. É o que a marca do touro quer com o Urus (foto acima), apresentado em abril no último Salão de Pequim. O utilitário esportivo ainda é um conceito, mas terá a missão de fazer donos de outros Lamborghini optarem por mais um carro com os mesmos emblemas, em vez de procurar na concorrência a solução para seus desejos. A Maserati tem os objetivos idênticos com o Kubang, que ainda é cotado para usar motores Ferrari, mas montados pela Chrysler – que agora é parte do Grupo Fiat. A Bentley é outra marca associada ao mundo dos esportivos sofisticados a querer uma fatia do mercado dos utilitários de alto luxo, com o conceito EXP 9 F, mostrado no último Salão de Genebra, em março desse ano.
Maserati Kubang
Algumas marcas, porém, decidiram em mirar "para baixo". As japonesas Lexus e Inifiniti criaram seus primeiros hatches. A primeira entrou recentemente na seara dos hatches médios com o CT 200h. O modelo usa o mesmo trem de força do badalado Toyota Prius, mas com uma roupagem bem mais luxuosa, como de praxe na marca. O Etherea, da divisão de luxo da Nissan, foi mostrado como conceito no Salão de Genebra do ano passado, mas tudo indica que dará origem a um modelo de produção que mistura elementos visuais de cupês, hatches e crossovers. Sob o capô, sempre propulsores híbridos. A própria Mercedes-Benz não resistiu à pressão e apresentou o novo Classe A, reinventado como um hatch médio com visual esportivo.
Além dos hatches, o segmento dos sedãs foi outro a receber a atenção de marcas de luxo. Pela primeira vez a Aston Martin passou a fabricar os seus. A fabricante inglesa aproveitou a plataforma VH de seus superesportivos e fez uma "versão esticada" deles, o belo Rapide. A Mercedes-Benz e Audi, por sua vez, estão de olho nos sedãs médios premium que, com o aumento de tamanho do A4 e do Classe C, respectivamente, acabaram ficando sem representantes. Para isso, já mostraram os conceitos A3 Sedan e Concept Style Coupe – este, quase um "mini-CLS".
Bentley EXP 9F
Motivada também pelo aperto das normas anti-poluição na Europa, além do Rapide, a Aston Martin mostrou o Cygnet, que nada tem a ver com os lendários superesportivos ingleses. O carrinho urbano é basicamente uma versão altamente repaginada do subcompacto Toyota iQ, feito para servir como uma espécie de "chaveirinho de luxo" para os donos de cupês da marca desfilarem pela cidade sem o transtorno causado por motores gastões e pelo tráfego nos centros urbanos. Ele também ajuda a reduzir a média de emissões de poluentes ao longo da linha, que é controlada pelas autoridades da Europa.
É inegável que algumas marcas precisaram praticamente se reinventar para começar a atuar em segmentos tão diferentes de seus originais. E conquistaram sucesso. Caso do utilitário esportivo Cayenne e o cupê de quatro portas Panamera, ambos da Porsche, que multiplicaram os ganhos da marca. Apesar de pouco em comum com os tradicionais 911 e Boxster, por exemplo, conseguiram manter o prestígio e imagem da Porsche inabaladas.
Lexus CT 200h
Infiniti Etherea
Aston Martin Rapide
Audi A3 sedã
Mercedes-Benz Concept Style Coupé
Aston Martin Cygnet
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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