27 de abr. de 2012

Franchitti: expansão do calendário da Indy deve ser “cuidadosa”

Escocês admite fase difícil da categoria e destaca importância de identificação com os EUA

Dario Franchitti, da Ganassi, no Anhembi (Fabio Setimio/Fotoarena)

Apesar de sua origem europeia, Dario Franchitti acredita que a Indy deve se manter próxima aos Estados Unidos. De acordo com o escocês da Ganassi, a categoria americana – diferentemente da F1 – precisa pensar sua expansão de forma muito “cuidadosa”.
“A Indy precisa ter muito cuidado [na hora de se expandir para outros países], pois é uma categoria americana. Temos muita sorte de correr aqui [São Paulo] e na China, além de duas provas no Canadá, mas mas somos uma série dos Estados Unidos, a maioria dos nossos patrocinadores é americana”, disse Franchitti.

“Precisamos dos patrocinadores para apoiar nosso show e temos de estar próximos à nossa origem, à nossa base, que é as 500 Milhas de Indianápolis, e aos nossos fãs da América do Norte. Então é melhor deixarmos o espetáculo global para a F1”, acrescentou.
Quatro vezes campeão da categoria, Franchitti admitiu o sinuoso processo de reunificação da categoria e afirma que a fragilidade em relação à Nascar – atualmente, a série de automobilismo mais forte dos Estados Unidos – se deve muito à cisão entre Tony George, organizador das 500 Milhas de Indianápolis, e a Cart (Championship Auto Racing Teams), em 1995.
“No início dos anos 1990, a Indy era muito maior do que a Nascar. A cisão acabou com tudo: separou os fãs e as 500 Milhas de Indianápolis da categoria. A Nascar fez um bom trabalho neste ínterim, garantindo melhores cotas de televisão”, relatou Franchitti.
“Para mim, desde 2008, quando a categoria se reunificou, entramos em um processo de reconstrução, mas é difícil. É muito complicado reconstruir uma classe de um ponto tão baixo. Acho que vamos chegar lá, mas o mais importante é aumentar nosso pacote de cotas na televisão americana”, acrescentou o tetracampeão escocês.
Com um retrospecto mediano na prova do Anhembi – sétimo colocado em 2010 e quarto em 2011 – e após três corridas ruins na temporada, Franchitti espera por um ponto de virada na corrida deste domingo.
“O início de temporada foi muito difícil para nós, especialmente as duas primeiras [provas]. Em Long Beach, nos classificamos bem, mas não fomos bem na corrida. Temos um pouco de trabalho para fazer no meu carro e espero que consigamos já nesta semana”, disse o escocês, que também possui grandes expectativas em relação ao público por conta da presença de Barrichello.
“Espero um fim de semana muito interessante, uma competição bem apertada. A presença de Rubens é uma grande aposta para a Indy, mesmo na América do Norte, e acredito que a chegada dele na categoria aumentará a presença de público por aqui”, acrescentou.
Fonte: /tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
Comente está postagem.

Nenhum comentário: