5 de mar. de 2012

Postagem Nº 15.000 Estes estereótipos automotivos precisam acabar



Chegar a conclusões precipitadas a respeito de carros e seus donos já virou tradição em todas as vertentes da cultura automotiva. Mas o que é uma verdade preconceituosa hoje pose ser desmascarada amanhã, quando as pessoas abrem os olhos e percebem que julgar sem ter um mínimo de conhecimento sobre o assunto é um erro. Movidos por essa causa, selecionamos oito estereótipos que circulam pela comunidade automotiva e que precisam acabar o mais rápido possível. Foto: Otis Blank



O paradigma dos carros movidos a eletricidade só existe por causa do status quo dos carros a gasolina, e a mudança sempre será um processo desconfortável. No momento os híbridos não estão aí para prover diversão ao volante, e carros totalmente elétricos ainda estão em desenvolvimento. Mas o Jaguar X-X16 poderia tornar a tecnologia híbrida algo divertido caso acrescentasse um botão de boost alimentado por um sistema como o KERS. E o torque absurdo disponível desde o zero e a sensibilidade de um bom motor elétrico não deixam a desejar em um esportivo.

Carros a diesel são lentos, fedorentos e barulhentos


Eu já fui dono do ür-diesel, um Mercedes 240D. Meu pai teve um Rabbit (como o Golf já foi chamado nos EUA) a diesel. De verdade, a questão do barulho e do cheiro sempre foi um exagero do imaginário popular. Sim, ambos faziam alguns ruídos mecânicos interessantes, mas não eram barulhentos.  Mau cheiro? Vocês vão me desculpar, mas eu não sentia.
Tanto o VW quanto o Mercedes eram lentos mesmo, mas ambos eram em essência produtos dos anos 70. Carros a diesel modernos são bem potentes, e se adequam perfeitamente ao modo normal de se dirigir. Por favor, pessoal, aceitem a realidade. Foto: Audi USA

Se você tem uma moto, vai morrer cedo em um acidente horrível


Sim, se você tem é um cara que mal tirou a carteira de habilitação e guia uma moto de 1000cc, sem prática e sem capacete, é bem provável que cedo ou tarde fará parte de estatísticas sombrias. Mas se você é um ser humano inteligente e tem noção do que é ter uma moto, você entende é mesmo um pouco mais arriscado, e mantém seus olhos abertos, não há motivos para não sair por aí limpando os insetos do visor do capacete em uma bela tarde de domingo na estrada. Foto: Giulio

Nada substitui polegadas cúbicas


Não estou aqui para contestar o prazer de ter um motor grande. Mas também não vou dizer que essa é a ÚNICA maneira racional de ter um carro rápido. Indução forçada? Lógico! Um motorzinho elástico e girador? Me vê dois, por favor. Wankel? Opa! A Ferrari GTO aí em cima desloca 2,8 litros. É suficiente. Foto: Varin

Mazda Miata é carro de mulher


Aparentemente o Miata é simplesmente muito mais fraco do que o aceitável para alguns (vamos falar disso depois), uma atitude difícil de compreender quando vem de uma comunidade que diz apreciar o automobilismo. Por quê? Porque o Miata é um carro leve, prático, e pode ser preparado a um nível devastador de potência. Parem com isso e percebam o quanto de diversão ao volante vocês estão ignorando. Foto: tripplej93

Carros americanos são pura sucata e quem os compra só pode ser idiota


Sim, a indústria automotiva americana já teve seus altos e baixos. Mas isso já passou, eles estão se recuperando. Os carros americanos são, em geral, veículos confiáveis, bem construídos e de projeto inteligente. Máquinas fantásticas feitas para dominar a concorrência mundial? Não, mas isso é o que os carros do mundo todo deixaram de ser já há algum tempo. Mas carros bons e confiáveis? Sem dúvida. E os esportivos ianques não ficam devendo em nada aos melhores do mundo. Estamos falando com você mesmo, M3! Foto: Ford

O Boxster não é um Porsche de verdade


De acordo com um número perturbadoramente grande de puristas e esnobes, o Boxster (e por extensão o Cayman) de algum modo não atinge o nível de “porscheza” necessário para ser considerado um Porsche. Mas o que eles querem dizer na verdade é que ele é mais barato que o 911, portanto o dono não é tão rico.
Besteira. O Boxster é um dos carros de melhor manejo já produzidos, um perfeito herdeiro de uma tradição antiga e nobre, e trouxe um sopro de vigor muito bem vindo a uma companhia que enfrentava sérios problemas no início dos anos 90. Está na hora de abrir um pouco mais a cabeça, galera. Se o Boxster não é um Porsche de verdade, o 550 e o 356 também não o são. Foto: 8000vueltas

Qualquer carro com menos de 300 cv e que leva mais de seis segundos para ir de 0 a 100 km/h não é divertido


Muitos carros lendários têm bem menos do que 300 – não, 200 cv: Porsche 356. Alfa Romeo GTV. Lotus Elite. Honda CRX. BMW 2002ti. Porsche 944. Alpine A110 1600. Mazda Miata. Triumph TR6. Ferrari 166MM.
É claro que se seu carro tem 200 kg de equipamentos elétricos, ar condicionado dual zone, rodas de 20 polegadas e tanto isolamento acústico que você precisa de um microfone para ouvir o som do motor dentro do carro, você vai querer um pouco mais de potência. Mas faça as coisas direito logo de cara e verá que não precisa de tanta potência assim para se divertir para valer ao volante. Foto: Edgar González

Se você tem um carro grande, está compensando alguma coisa


Essa é a falácia favorita entre os car lovers. “Ah, saquei… Você precisa de um carro bem grande e potente para compensar o que você não tem (gesticulando) aí embaixo.” Qualquer um que acuse alguém disso aí deveria ser obrigado a descobrir pessoalmente se é verdade. Foto: Ed Callow

Temos certeza de que vocês conhecem mais algumas “falsas verdades” sobre carros e seus donos. É provável que muitos de vocês tenham sofrido algum tipo de preconceito ou entrado em alguma discussão por causa de suas preferências automotivas, seu modo de dirigir ou por defender algum tipo de comportamento, alguma marca ou motor. Então nos contem: quais são nossos maiores preconceitos automotivos?

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/
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