19 de mar. de 2012

RBR e Lotus aguardam por decisão sobre asa da Mercedes

As duas equipes acreditam que sistema desenvolvido pelo time alemão é ilegal

Michael Schumacher, da Mercedes, em Melbourne (Andy Hone/LAT Photographic)

A Lotus e a Red Bull esperam ter uma decisão final da FIA sobre a legalidade do F-duto ativado pela asa móvel projetado pela Mercedes no próximo final de semana, no GP da Malásia.
Representantes das duas equipes se encontraram com Charlie Whiting, chefe do departamento técnico da FIA, na Austrália para reafirmarem que acreditam que o conceito utilizado na asa traseira da Mercedes é uma violação do regulamento que impede que o piloto acione dispositivos aerodinâmicos.

O projeto da Mercedes possui um buraco na extremidade do aerofólio traseiro, que é encoberto quando a asa móvel não está sendo utilizada e se abre quando ela é acionada. Acredita-se que este buraco recebe ar canalizado da asa dianteira, que entra por buracos na parte de baixo, o que ajuda a estolar a asa para aumentar a velocidade do carro nas retas.
Tanto Lotus quanto Red Bull consideraram a possibilidade de um protesto contra a Mercedes na Austrália, mas desistiram porque preferiram tentar resolver a questão nos bastidores.
O chefe da Lotus, Eric Boullier, disse que os próximos dias devem ser importantes para se tentar resolver o assunto de uma forma amigável.
“Ainda estamos conversando com Charlie. Claro que não fizemos nada [na Austrália], mas queremos entender direito. Para ser honesto, seria errado estragar o resultado da corrida, então, o plano é esperar a semana que vem. Vamos ver o que acontece”, disse o francês em entrevista ao site da revista inglesa AUTOSPORT.
Christian Horner, chefe da Red Bull, completou: “Acho que existem diferentes interpretações da asa traseira da Mercedes. Temos discutido com Charlie, e escolhemos não protestar neste final de semana. Algumas equipes estavam mais animadas que nós, mas acho que é algo que precisamos esclarecer, pois alguns podem argumentar que o acionamento é influenciado pelo piloto”.
“O piloto aperta o botão [da asa móvel] e descobre o buraco, então, é ativado pelo piloto, o que não é permitido pelo regulamento. Acho que haverá muito debate sobre isso nos próximos cinco dias.”
Horner disse que se a FIA continuar firme em sua posição de que o sistema é legal, isso levaria as equipes a embarcarem em um caro processo de desenvolvimento para introduzirem as suas próprias versões do dispositivo.
“É um sistema inteligente e parabéns para eles por terem feito, mas o mais importante para nós é se ele é legal. A frustração com todos estes sistemas é que sem dúvida eles serão banidos para o ano que vem, mas, durante este tempo, todos nós estaremos seguindo a ideia.”
“Inevitavelmente isso envolverá um custo bastante alto. Seria um desenvolvimento que as equipes de ponta iriam fazer, mas que pode ser muito caro para os times menores”, explicou.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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