17 de fev. de 2012

Teste: Tudo novo de novo para a Chevrolet S10Teste Tudo novo de novo para a Chevrolet S10

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN
Teste: Tudo novo de novo para a Chevrolet S10
Chevrolet reinventa a S10 para manter sua longa liderança entre as picapes médias no Brasil

por Igor Macário
e Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press


Inventora do segmento de picapes médias nacionais, a S10 é tratada como “veterana” já há alguns anos. Isso apesar de jamais ter perdido a liderança do segmento desde que foi lançada, em 1995 – foram 450 mil unidades vendidas desde então. Até que a Chevrolet apresentou na Tailândia, no ano passado, o primeiro conceito da Colorado.
Desenvolvida globalmente, com intensa participação da General Motors do Brasil, a nova picape da Chevrolet chega agora ao mercado brasileiro como a nova S10. O modelo é radicalmente diferente da geração anterior e coloca a marca da gravata de volta à ala mais sofisticada do segmento. A antiga S10 se manteve nos últimos tempos como líder em vendas graças às versões mais simples, com foco no custo/benefício. Ou seja, com uma picape toda nova para voltar a brigar também no topo do segmento, as possibilidades de manter liderança podem aumentar.

O visual é uma das maiores apostas da Chevrolet para o sucesso da nova S10. Ela cresceu e ganhou um ar imponente, com a frente alta e a indefectível grade bipartida, que ostenta um vistoso logo da Chevrolet. Ela é ladeada por elegantes faróis horizontais – de dupla parábola nas versões básica e intermediária e com projetor na topo de linha. O perfil está mais arrojado e definitivamente contemporâneo, alinhado com as mais recentes tendências mundiais de estilo para picapes médias. A linha de cintura ascendente reforça a impressão de robustez e a caçamba alta dá o arremate final. Atrás, lanternas verticais grandes, com luzes de leds na versão topo, e a tampa da caçamba sem muitos vincos contribuem para um visual mais limpo – e destacam ainda mais a hipertrofiada versão da gravata dourada da marca. A fluidez das formas se reflete também no coeficiente aerodinâmico – 0,48 cx –, que é o melhor da categoria. E a capacidade de carga agora é a maior do segmento –1,3 tonelada na versão cabine simples.



Por dentro, mais novidades e praticamente nenhuma semelhança com a antecessora. O painel agora lembra bastante os dos automóveis de passeio da marca, com linhas contínuas e fluidas. O painel usa leds na tonalidade azul, como nos carros de passeio da Chevrolet. Na versão “top”, o rádio foi para o alto, para facilitar seu uso, e o ar-condicionado digital teve os comandos agrupados em um círculo, num arranjo diferente do usual e esteticamente interessante. E o volante recebeu comandos do som e do controlador de velocidade de cruzeiro. A bordo, são impressionantes 23 porta-objetos na versão cabine dupla.

A S10 continua a oferecer duas opções de motores – uma bicombustível e uma diesel. O primeiro é o mesmo 2.4 litros flex de 147 cv com etanol que movia a S10 anterior, com aperfeiçoamentos na admissão e no escape. Ganhou um pouco mais de torque – agora são 24,1 kgfm. Já o motor a diesel é totalmente novo. Trata-se de um quatro cilindros de 2.8 litros “common rail”  com 180 cv e 47,9 kgfm de torque a 2 mil rpm – é o maior torque da categoria –, fabricado pela própria Chevrolet. Com turbo de geometria continuamente variável, tem sistema EGR de recirculação dos gases de escape para atender às atuais normas de emissões e ocupa o lugar do antigo, também de 2.8 litros, fornecido pela MWM. Os dois motores são acoplados ao câmbio manual de cinco marchas e a versão diesel pode receber um automático de seis velocidades. Airbags frontais são de série em todas as versões, assim como o ABS com distribuição eletrônica da frenagem e o controle de frenagem nas curvas.



Flexibilidade é o que não falta à nova linha: são cinco versões com o motor flex e sete com o motor diesel, combinando diferentes configurações de cabine, tração e acabamento. São três versões de acabamento –LS, LT e LTZ –, opção por cabine simples ou dupla e tração traseira ou nas quatro rodas. A variante de cabine simples chega apenas com os níveis de acabamento LS e LT. A topo de linha LTZ vem somente na versão cabine dupla. Os preços vão dos R$ 58.868 da básica LS Cabine Simples 4X2 flex com câmbio manual aos R$ 135.250 da “top” LTZ Cabine Dupla 4X4 automática. E os valores ainda podem subir, se o comprador optar por alguns dos mais de 20 acessórios que serão oferecidos nas concessionárias – capota marítima, rack de teto, protetor de parachoques e kit multimídia com GPS no painel são alguns dos mais interessantes.

A Chevrolet aposta alto na nova S10 e imagina atingir a venda de 4 mil unidades mensais – em janeiro, foram 2.162 exemplares vendidos. Mas a nova geração da picape da Chevrolet certamente tem predicados para encarar a concorrência. A S10 finalmente chegou ao século XXI.


Primeiras Impressões

Uma picape "chevroletíssima"

por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press


Indaiatuba/SP - A Chevrolet encontrou na S10 a mais completa tradução da identidade mundial da marca. Em nenhum dos automóveis que a fabricante produz a grade avantajada assentou tão bem quanto na picape. E as características do design da Chevrolet se distribuem meticulosamente por dentro e por fora, tornando a S10 praticamente um “showroom ambulante” do atual estilo da marca. Mesmo se retirassem todas as gravatinhas e as inscrições do modelo, ninguém teria dúvidas de que se trata de um Chevrolet. É um utilitário moderno, que mistura de forma interessante elementos de robustez e elegância.

Mas as evoluções da picape média da Chevrolet vão além das aparências. Mecanicamente, a motorização flex sofreu poucas mudanças – a mais interessante delas é o aumento do torque. Mas no propulsor diesel a transformação foi total. Nele, 90% do torque máximo está disponível já em 1.700 giros. Ou seja, em praticamente qualquer faixa de giros é possível encontrar disposição na motorização. No campo de provas da General Motors em Cruz Alta, na cidade paulista de Indaiatuba, foi possível perceber a boa performance dinâmica do modelo e a evolução no comportamento da suspensão em diversas situações. Para melhorar, suavidade nas rotações baixas é tamanha que é difícil notar a diferença em relação à motorização flex. O bom isolamento melhorou muito o conforto acústico a bordo.



O câmbio manual é outro aspecto onde o aprimoramento da S10 é notável. Seus engates são bastante precisos e suaves, com ergonomia similar à de um carro de passeio. Em nada lembra o câmbio da S10 anterior, que remetia aos dos caminhões de antigamente. E a nova transmissão automática também esbanja eficiência. Tem seis marchas e opção de acionamento manual através da manopla. A versão 4X4 tem acionamento elétrico da tração e pode ser engrenada com o carro em movimento, em até 120 km/h, através de um botão no console. Lá está também a opção de reduzida.

Embaladas pela vigorosa expansão do agronegócio no Brasil, a Toyota Hilux recebeu um “facelift” no ano passado, a Nissan Frontier acaba de renovar a linha de motores e a Volkswagen Amarok lançou a primeira versão com câmbio automático. E a briga deve ficar ainda mais pesada com a breve chegada da nova Ford Ranger – outra que carece de mudanças há anos. A S10 não vai ter moleza.



Ficha técnica


Chevrolet S10 LTZ 4X2 automática


Motor: A diesel, dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo, com quatro cilindros em linha e dezesseis válvulas. Injeção direta eletrônica. A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.405 cm³, com quatro cilindros em linha e oito válvulas. Injeção eletrônica multiponto.
Transmissão:
Câmbio automático de seis marchas à frente e uma atrás. Tração traseira.
Potência máxima:
180 cv a 3.800 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 11,4 segundos.
Velocidade máxima:
180 km/h.
Torque máximo: 47,9 kgfm à 2.000 rpm.
Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm. Taxa de compressão: 16,0:1
Suspensão:
Dianteira independente, com braços articulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com feixe de molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos e pressurizados.
Pneus: 255/65 R17.
Freios:
Dianteiros por discos ventilados e traseiros a tambor. ABS com EBD e CBC de série.
Carroceria:
Picape em carroceria e chassi com quatro portas e cinco lugares. Com 5,34 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,82 m de altura e 3,09 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Peso: 2.061 kg.
Capacidade da caçamba: 1.061 litros
Tanque de combustível: 76 litros.
Produção: São Bernardo do Campo, Brasil.
Lançamento no Brasil:
2012.
Itens de série da versão testada:
Ar-condicionado digital, direção hidráulica, ABS, ESP, airbags frontais, rádio/CD/MP3/USB, retrovisores elétricos, vidros elétricos, desembaçador traseiro, computador de bordo, alarme perimétrico, rodas de 17 polegadas e maçanetas e capas dos retrovisores externos pintadas de cromado.
Preço: R$ 117.400.





Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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